Bolsonaro desafia governadores a criarem auxílio de R$ 1.000
Presidente voltou a falar que benefício é “um endividamento”. Ele ainda disse que estados da Região Nordeste têm caixa para inflar auxílio
atualizado
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Em tom crítico, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sugeriu nesta quinta-feira (29/4) que governadores do país criem um auxílio emergencial de R$ 1.000 em vez de ficarem “criticando o baixo valor pago pelo governo federal”.
Durante transmissão ao vivo nas redes sociais, Bolsonaro voltou a falar que o benefício é um endividamento. Ele ainda disse que estados, principalmente os da Região Nordeste, têm caixa para inflar o auxílio.
“Esse auxílio emergencial, a gente apela aos excelentíssimos governadores que poderiam – vocês que fecham comércio que destroem milhões de empregos –, vocês podiam fazer o auxílio emergencial. Coloca R$ 1.000 até o fim do ano, já que me criticam, né? Bota R$ 1.000”, desafiou.
“Em especial os estados do Nordeste, que fizeram caixa com o nosso recurso do ano passado e têm dinheiro para dar um auxílio emergencial, complementar até R$ 1.000, até o fim do ano em vez de ficar criticando o governo federal e destruindo empregos”, emendou.
Em 2021, o retorno do benefício vem sendo feito em quatro parcelas, com valores específicos conforme o perfil de quem recebe. O valor médio dessa rodada é R$ 250, mas pode variar de R$ 150 a R$ 375 a depender da composição de cada família.
No ano passado, o auxílio emergencial socorreu 68 milhões de cidadãos diretamente, totalizando um gasto público sem precedentes, que atingiu montante superior a R$ 300 bilhões em pagamentos. Os beneficiados receberam ao menos cinco parcelas de, no mínimo, R$ 600.
Em setembro, o governo decidiu prorrogar o auxílio até dezembro, no valor de R$ 300, mas redefiniu as regras e só 56% dos aprovados fora do Bolsa Família tiveram direito a receber mais quatro parcelas extras.
Declaração semelhante
Em fevereiro, o presidente Jair Bolsonaro defendeu que os governadores que “fecharem” os seus respectivos estados deviam arcar com os custos do auxílio emergencial.