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Bolsonaro definirá com Michelle se filha de 11 anos será vacinada

Mais cedo, Agência Nacional de Vigilância Sanitária liberou a aplicação da vacina da Pfizer contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos

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Jair Bolsonaro e Laura Bolsonaro
1 de 1 Jair Bolsonaro e Laura Bolsonaro - Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quinta-feira (16/12) que definirá com a esposa, a primeira-dama Michelle Bolsonaro, se a filha de 11 anos do casal será vacinada contra a Covid-19.

“A responsabilidade é de cada um. Mas agora mexe com as crianças, então quem é responsável por olhar as crianças é você, pai. Eu tenho uma filha de 11 anos de idade e vou estudar com a minha esposa bastante isso aqui”, disse o presidente, durante sua live semanal nas redes sociais.

Mais cedo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a aplicação da vacina da Pfizer contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos. A liberação foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

O chefe do Executivo federal disse que não interfere na agência reguladora, mas que pediu o nome de quem aprovou a vacinação para divulgar para a população brasileira.

“A Anvisa não está subordinada a mim – deixar bem claro isso. Não interfiro lá. Eu pedi, extraoficialmente, o nome das pessoas que aprovaram a vacina para crianças a partir de 5 anos. Nós queremos divulgar o nome dessas pessoas para que todo mundo tome conhecimento de quem são essas pessoas e, obviamente, formem o seu juízo. […] Você tem o direito de saber o nome das pessoas que aprovaram a vacinação a partir de 5 anos para o seu filho”, disse o presidente.

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Vacinação de adolescentes contra a Covid-19
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Tire dúvidas sobre uso da vacina Pfizer para crianças de 5 a 11 anos

Vacinas contra Covid-19 são seguras para crianças?

Início da imunização

Apesar da autorização da Anvisa para uso do imunizante Pfizer em crianças de 5 a 11 anos, divulgada nesta quinta, ainda não há expectativa para o início da imunização deste público no Brasil. Cabe ao Ministério da Saúde adquirir doses para este público e incluí-lo no Programa Nacional de Imunização contra a Covid.

Em nota divulgada à imprensa nesta semana, a Pfizer afirmou que o contrato mais recente firmado com o governo federal, para compra de 100 milhões de doses em 2022, permite a modificação das vacinas para diferentes faixas etárias.

Na prática, caso o Ministério da Saúde decida incluir as crianças no PNI no próximo ano, a farmacêutica poderá fornecer doses específicas para este grupo, seguindo o acordo firmado com o governo. No entanto, nenhuma vacina com dosagem especial foi enviada ao Brasil até o momento.

“O terceiro contrato assinado com o governo brasileiro no dia 29 de novembro de 2021 para o fornecimento de 100 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 para o ano de 2022 também inclui a possibilidade de fornecimento de versões modificadas do imunizante para variantes, que poderão ser eventualmente desenvolvidas caso necessário, e versões para diferentes faixas etárias, conforme solicitação por parte do Ministério da Saúde”, informou o laboratório.

Dosagens diferentes

O gerente de Medicamentos, Gustavo Mendes, explicou que os estudos apresentados pela Pfizer e analisados pela Anvisa testaram três dosagens diferentes da vacina para avaliar qual seria a mais apropriada para a aplicação em crianças.

Os pacientes dessa faixa etária foram vacinados com um volume de 10 µg(microgramas) de imunizante. Em adultos, a dosagem é de 30 µg .

Cerca de 1.500 pessoas participaram da pesquisa tomando vacina. Outras 750 receberam placebo. Todos os voluntários receberam duas doses, com intervalo de 21 dias. De acordo com Mendes, a vacina apresentou resultados positivos para a população infantil.

“Comparando crianças de 5 a 11 anos com pessoas de 16 a 25 anos, com a dosagem diferente, a gente observou que existe a mesma quantidade de anticorpos neutralizantes. A vacina tem um desempenho importante na geração de anticorpos nessa população”, afirmou.

Ele também pontuou que há presença “significativa” de anticorpos contra a variante Delta, mas que o surgimento de novas mutações do coronavírus deve ser observado para aprimorar o imunizante.

De acordo com Suzie Marie, coordenadora da Gerência Geral de Monitoramento de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária, a maior parte dos eventos adversos relatados na aplicação da vacina em crianças é sem gravidade. Ela ressaltou que os benefícios do imunizante superam os riscos, e pediu que os pacientes e os gestores de saúde estejam atentos aos possíveis efeitos adversos, que devem ser comunicados à agência.

“Os benefícios da vacina superam os riscos, e é fundamental a participação da sociedade no monitoramento pós uso”, frisou.

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