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Bolsonaro defende que país está em paz e “ninguém precisa temer o 7/9”

Presidente disse que nunca “brigou com outro Poder”, mas defendeu que Judiciário e Legislativo também precisam “engolir algum sapo”

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1 de 1 Jair-Bolsonaroo - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, nesta quinta-feira (2/9), que nunca brigou com outro Poder ou com alguma instituição e que, no seu entender, “o Brasil está em paz”. Na mesma fala, no entanto, defendeu que, além dele, o Poder Judiciário também precisa “engolir algum sapo”.

“Quantas vezes engulo sapo pela fosseta lacrimal… Agora, não é só o Executivo que tem que engolir sapo. Ô, [líder do governo no Senado, Fernando] Bezerra, cê também tem que engolir, Bezerra. O Poder Judiciário também tem que engolir algum sapo lá”, disse o presidente durante cerimônia no Palácio do Planalto.

“Alguém já me viu brigando com algum Poder, com alguma instituição, a não ser algo pontual? O Brasil está em paz, no meu entender. Está faltando uma ou outra autoridade ter a humildade de reconhecer que extrapolou e trazer a paz ao Brasil”, afirmou.

As declarações do chefe do Executivo federal ocorrem às vésperas dos atos marcados para 7 de setembro, data em que é celebrada a Independência do Brasil. Bolsonaro tem convocado apoiadores para que passem um recado às instituições do país.

“Ninguém precisa temer o 7 de Setembro”, continuou o presidente, ressaltando que não está organizando as mobilizações e que irá participar apenas como convidado.

Nas últimas semanas, Bolsonaro tem intensificado as críticas aos ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). Barroso também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral.

Durante a cerimônia desta quinta, o presidente também parabenizou, em tom de ironia, o presidente do Supremo que, mais cedo, afirmou que a Corte estará “vigilante” no feriado da Independência e que “liberdade de expressão não abrange violência e ameaça”.

“Hoje eu vi o ministro Fux dizendo que não pode haver democracia sem respeitar a Constituição. Palmas para o ministro Fux. Realmente não existe democracia se não respeitarmos a Constituição”, disse Bolsonaro.

Críticas a Barroso

Quando se refere a Barroso, Bolsonaro costuma atacar o atual sistema eleitoral, e prega que as urnas eletrônicas permitem fraude.

O titular do Palácio do Planalto é defensor do voto impresso e já afirmou, em tom de ameaça, que, caso o modelo não seja implementado no pleito do próximo ano, é possível que não haja eleição.

Em agosto, a Câmara dos Deputados rejeitou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Voto Impresso por 218 votos contrários e 229 a favor. Para ser aprovada, a PEC precisava de, no mínimo, 308 votos favoráveis.

Apesar da derrota, o mandatário do país segue fazendo críticas a Barroso, acusando o ministro de articular contra a proposta no Congresso.

Críticas a Alexandre de Moraes

Quando fala do ministro Alexandre de Moraes, Bolsonaro costuma criticar decisões do magistrado relacionadas a alguma atitude do chefe do Executivo.

Em julho, durante transmissão ao vivo nas redes sociais, o presidente do país alegou haver “fortes indícios” de que as urnas eletrônicas foram fraudadas nas últimas eleições. Na ocasião, apenas requentou denúncias já desmentidas e admitiu não ter provas para confirmar as acusações.

As recorrentes acusações de fraudes fizeram com que o presidente da República fosse incluído na condição de investigado no inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que apura a divulgação de notícias falsas. O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes.

No mês seguinte, Bolsonaro foi incluído em outro inquérito: desta vez para apurar a participação do chefe do Executivo federal no vazamento de uma investigação sigilosa da Polícia Federal. A decisão atendeu a uma notícia-crime do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A medida também foi tomada por Moraes.

Dias antes, o mandatário do país divulgou, nas redes sociais, a íntegra de um inquérito sigiloso da Polícia Federal que apura suposto ataque ao sistema interno do TSE em 2018.

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