Bolsonaro defende medida para barrar passaporte de vacina contra Covid
Presidente afirmou que vai avaliar a edição de uma medida provisória para impedir o comprovante, que vem sendo exigido em alguns estados
atualizado
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Em interação com apoiadores na manhã desta segunda-feira (6/9), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que avaliará a edição de uma medida provisória (MP) para impedir a exigência de um passaporte de vacinação contra a Covid-19. Alguns estados determinaram a apresentação do comprovante para a entrada em certos locais.
“Aquela lei nossa era para valer até o final de 2020, prorrogou, mas lá não está escrito passaporte [de vacina]. Mas quem prorrogou a lei foi o Supremo. Era até 2020, que nem vacina tinha. Era pra valer até 31 de dezembro, foi prorrogada”, disse ele em provável referência à lei que decretou emergência de saúde pública em razão da pandemia de Covid-19.
Em seguida, sem fornecer mais detalhes, o mandatário disse que vai avaliar a revogação do dispositivo referente ao tema. “Vou ver se eu consigo, por MP, revogar esse dispositivo da vacina”, prosseguiu.
As declarações foram feitas na saída do Palácio da Alvorada e registradas por um canal no YouTube simpático ao presidente.
O Congresso Nacional debate um projeto que cria o chamado passaporte Covid, documento que conteria informações sobre a imunização contra o coronavírus. Bolsonaro já disse que vetará o projeto caso ele seja aprovado.
Na quinta-feira (2/9), o mandatário classificou a adoção do passaporte de vacina como um “crime”. Ele argumenta que a exigência afronta a liberdade individual.
Para incentivar a imunização, a Prefeitura do Rio determinou como obrigatória a apresentação do Certificado Nacional de Vacinação contra a Covid -19 em certos ambientes. O município de São Paulo também adotou o passaporte para entrada em eventos com mais de 500 pessoas.
A carteira de vacinação digital pode ser obtida pelo ConectSus, aplicativo do Ministério da Saúde.