Bolsonaro defende arma para o campo: “Tem que ter fuzil, pô!”
O presidente elogiou o trabalho do agronegócio brasileiro e disse que, sem esse esforço, não haveria arroz para comprar
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro defendeu, na manhã desta quarta-feira (4/11), que proprietários rurais possam ter fuzil em casa. Segundo o presidente, a arma seria útil para conter invasões às propriedades privadas que, para ele, são “a base da democracia”.
“No campo tem que ter fuzil. Eu já morei em fazenda lá em Eldorado Paulista e cultivei 30 hectares de arroz no (sic) Mato Grosso do Sul. Tem que ter um fuzil, pô! Você acha que o cara que entra em sua fazenda sem estar autorizado para dar uma foiçada no pé de um boi, outra no cupim, depois vai embora e larga o boi lá? Esse cara merece o quê? Isso acontece e deixou de acontecer bastante”, disse o presidente.
“Propriedade privada é sagrada, é a base da democracia. Se alguém acha que pode invadir e fazer o que bem entender, então, ele acha que pode invadir a sua casa também”, disse Bolsonaro em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada. “Agora, no Brasil, tudo é politicamente correto”, ironizou.
O presidente voltou a criticar políticas de preservação de terras indígenas desenvolvidas anteriormente e que tratavam o índio, segundo Bolsonaro, como “ser humano que precisava ficar isolado”.
“A ideia que chega para alguns da cidade, não todos, é que a vida de vocês [proprietários rurais] é uma maravilha, Melhorou bastante pela segurança jurídica. Este ano, quantas invasões de terras tiveram?”, indagou o chefe do Executivo federal.
“Era uma política que não era racional. O índio é um ser humano. Ele está cada vez mais se integrando à sociedade. Olha só os índios Parintins de Mato Grosso”, apontou Bolsonaro, que citou um projeto para dar ao índio o poder de arrendar suas terras.
Agro
O presidente elogiou a postura do agronegócio brasileiro e criticou reclamações sobre o preço do arroz.
“O agronegócio é o nosso orgulho. Alguns reclamam que estamos exportando muito e sobe o preço de algumas coisas aqui dentro, mas o setor do agronegócio, como o arroz, era deficitário. Agora, espera-se que se normalize. Cada vez mais estão investindo. A gente agradece a vocês”, disse Bolsonaro.
Segundo o presidente, quem reclamou do preço do arroz precisa entender que se não fosse o agronegócio nem haveria o item básico da mesa do brasileiro nas prateleiras dos supermercados.
“Quem critica não quer ir para o campo plantar. Não sabem do risco. Se vocês não tivessem ficado em casa por causa da pandemia, o arroz não estaria R$ 30 o saco de 5 kg: não teria arroz. Espero, em janeiro, regularizar essa questão”, apontou.