No Twitter, Bolsonaro defende a criação da “Lava Jato da Educação”
Segundo o presidente, há “indícios fortes de que a máquina está sendo usada para manutenção de algo que não interessa ao Brasil”
atualizado
Compartilhar notícia
Após dias sem se manifestar, Jair Bolsonaro (PSL) voltou às redes sociais. Se na noite de domingo (3/3) o presidente da República fez apenas comentários menos relevantes, às 6h desta segunda-feira (4) de Carnaval, ele deu mais detalhes sobre a operação batizada por ele de Lava Jato da Educação.
“Há algo de muito errado acontecendo: as prioridades a serem ensinadas e os recursos aplicados. Para investigar isso, o Ministério da Educação junto com o Ministério da Justiça, Polícia Federal, Advocacia e Controladoria-Geral da União, criaram a Lava-Jato (sic) da Educação”, explicou o chefe do Executivo brasileiro.
Ainda de acordo com o presidente, “dados iniciais revelam indícios muito fortes que a máquina está sendo usada para manutenção de algo que não interessa ao Brasil”. Bolsonaro dá a entender também que as investigações podem recair sobre os temas ensinados nas escolas do país.
Dados iniciais revelam indícios muito fortes que a máquina está sendo usada para manutenção de algo que não interessa ao Brasil. Sabemos que isto pode acarretar greves e movimentos coordenados prejudicando o brasileiro. Em breve muito mais informações para o bem de nosso país.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 4 de março de 2019
Brasil gasta mais em educação em relação ao PIB que a média de países desenvolvidos. Em 2003 o MEC gastava cerca de R$30bi em Educação e em 2016, gastando 4 vezes mais, chegando a cerca de R$130 bi, ocupa as últimas posições no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA)
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 4 de março de 2019
Entenda
Em fevereiro, o ministro da Educação, Ricardo Vélez, disse que uma investigação na pasta pretendia “apurar indícios de corrupção, desvios e outros tipos de atos lesivos à administração pública”. O ministério afirma já ter identificado favorecimentos indevidos no Programa Universidade para Todos (ProUni), desvios no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), envolvendo o Sistema S, concessão ilegal de bolsas de ensino a distância e irregularidades em universidades federais.