Bolsonaro critica o governador Flávio Dino: “Não investiu na saúde”
Na ocasião, presidente ainda bateu em gestões petistas: se a sigla estivesse governando o Brasil, o país “estaria numa miséria”
atualizado
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Na manhã desta quarta-feira (10/3), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a reprovar a condução dos governadores diante da pandemia de Covid-19. Depois de atacar o governador do Rio Grande do Sul na segunda-feira (8/3), o presidente, desta vez, alfinetou o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), alegando que o gestor não havia investido o suficiente na saúde do estado.
“É um dos estados que recebeu muitos bilhões também. Então, o governador lá pagou folha de salário, fez muita coisa, mas não investiu na saúde. Não quero falar que não investiu, né. Investiu muito pouco ou quase nada. Não investiu o necessário na saúde o Maranhão ”, disse.
A conversa de Bolsonaro com apoiadores foi registrada em vídeo por um canal no YouTube simpático ao presidente.
Há algumas semanas Bolsonaro vem dizendo que o governo federal destinou bilhões de reais para os estados e municípios e alguns não investiram o dinheiro no combate à pandemia.
É a segunda vez na semana que o chefe do Executivo critica a condução dos gestores diante da pandemia de Covid-19. Na noite de segunda-feira (8/3), Bolsonaro disse em entrevista ao jornalista José Luiz Datena, na emissora Band, que muitos mandatários “usaram dinheiro destinado pelo governo federal” ao combate à pandemia de Covid-19 para “colocar contas do estado em dia”.
“Tem estado, como o Rio Grande do Sul, por exemplo, que estava quase três meses com atraso em sua folha de pagamento. O governador Leite botou em dia sua folha de pagamento e se esqueceu da saúde”, disparou o presidente. “Vários estados colocaram suas contas em dia em cima de recursos que eram para a saúde”, afirmou.
Rebatendo Bolsonaro em um vídeo publicado em suas redes sociais, Eduardo Leite afirmou que Bolsonaro “muito fala e pouco governa”. No vídeo, Leite garantiu que não usou qualquer recurso destinado ao coronavírus para regularizar a folha de pagamento dos servidores públicos estaduais.
“Infelizmente, tenho que parar um pouco as atividades para responder e esclarecer, lamentavelmente, agora quem muito fala e pouco governa. O salário dos servidores e pagamentos a fornecedores foram colocados em dia no Rio Grande do Sul porque tivemos a coragem de promover as mais profundas reformas dos últimos 30 anos”, disse.
Críticas ao PT
Na conversa com apoiadores nesta quarta, Bolsonaro afirmou que antigas gestões petistas eram irresponsáveis ao afirmar que se a sigla estivesse no poder, o país estaria uma “festa” e também em uma “miséria”.
“Imagina se o PT fosse governo com essa onda de comprar as coisas sem licitação, como é que seria? Como é que estaria a festa no Brasil? Não quero citar países, a gente estaria numa miséria no Brasil”, disse o chefe do Executivo.