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Bolsonaro critica Barroso por CPI: “Militância política e ativismo”

Em conversa com apoiadores, presidente disse conhecer passado de Barroso e desafiou ministro a abrir CPI contra outros magistrados do STF

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Presidente Jair Bolsonaro cumprimenta apoiadores na saída do Palácio da Alvorada 3
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro cumprimenta apoiadores na saída do Palácio da Alvorada 3 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Em conversa com apoiadores na manhã desta sexta-feira (9/4), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) dirigiu críticas diretas ao ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou na quinta-feira (8/4) que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), instaure a “CPI da Covid”. O objetivo da comissão parlamentar de inquérito é investigar a atuação do governo de federal no combate à pandemia.

“A CPI não é para apurar desvio de recursos de governadores, é para apurar – segundo tá lá na ementa do pedido de CPI – omissões do governo federal. Ou seja, uma jogadinha casada – Barroso e bancada de esquerda do Senado – para desgastar o governo. Eles não querem saber o que aconteceu com os bilhões desviados por alguns governadores e alguns poucos prefeitos também”, afirmou Bolsonaro, ao deixar o Palácio da Alvorada.

Veja o vídeo:

O mandatário citou pedidos de impeachment que tramitam, no Senado, contra magistrados da Suprema Corte, para afirmar que falta ao ministro coragem moral e sobra ativismo judicial.

“Agora, detalhe: lá dentro do Senado tem processo de impeachment contra ministro do Supremo Tribunal Federal. Tem ou não tem? Eu quero saber se o Barroso vai ter coragem moral de mandar instalar esse processo de impeachment também. Pelo que me parece, falta coragem moral para o Barroso e sobra ativismo judicial.”

Os pedidos de impeachment foram protocolados por senadores aliados a Bolsonaro, mas não têm apelo político dentro do Congresso.

“Barroso, se tiver o moral, um pingo de moral, ministro Barroso, mande abrir o processo de impeachment contra alguns dos seus companheiros do Supremo Tribunal Federal”, prosseguiu o chefe do Executivo.

Bolsonaro disse ainda que o Brasil não precisa de uma CPI, pois o momento da pandemia é crítico.

“Não é disso que o Brasil precisa. Vivemos num momento crítico de pandemia, pessoas morrem e o ministro do Supremo Tribunal Federal faz politicalha junto ao Senado Federal”, atacou o presidente.

E desafiou o ministro do STF, mais uma vez: “Barroso, nós conhecemos o teu passado, a tua vida, o que você sempre defendeu, como chegou ao Supremo Tribunal Federal, inclusive defendendo o terrorista Cesare Battisti. Então, use a sua caneta para boas ações em defesa da vida e do povo brasileiro, e não para fazer politicalha dentro do Senado Federal”.

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Decisão

A decisão do ministro Barroso atende a pedido formulado pelos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Jorge Kajuru (Cidadania-GO), que questionam a inércia de Pacheco em avaliar o requerimento pela investigação, apresentado há 64 dias, no início de fevereiro.

Ao receber a notícia, Pacheco disse que cumprirá a decisão, mas criticou a medida, por considerá-la inoportuna e afirmou que a CPI servirá como um “palanque político”, o que somente prejudicará o trabalho de contenção da doença.

“O Supremo Tribunal Federal, a partir de uma decisão monocrática, determina que instalemos uma CPI. Nós faremos funcionar o único órgão presencial no Senado Federal. Decisão judicial se cumpre, e eu vou cumprir, porque tenho responsabilidade institucional e cívica. Vou buscar garantir a segurança sanitária dos senadores e servidores”, assegurou Pacheco.

Ele chamou a decisão de “polarização, politização e judicialização da política”. “Nós temos que apurar todos os malfeitos nesse enfrentamento da pandemia de quem quer que seja. Não era o momento. Esse era o meu pensamento, mas, repito, respeito a decisão judicial e eu a cumprirei fielmente”, assinalou o presidente do Senado Federal.

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