Bolsonaro convoca Petrobras para discutir preço do diesel e defende ICMS fixo
Em transmissão ao vivo, presidente ainda disse que, durante reunião com a empresa nesta 6ª, também discutirá privatização da estatal
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu nesta quinta-feira (4/2) que o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) tenha um valor fixo em todo o país. Durante a transmissão ao vivo nas redes sociais que faz toda as quintas, o chefe do Executivo federal ainda disse que convocou todos os ministros de seu governo e o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, para discutir o preço do diesel. A reunião está marcada para a manhã desta sexta-feira (5/2).
“Ninguém está interferindo na Petrobras, mas você [cidadão] tem que saber qual a composição do preço final do diesel”, declarou Bolsonaro.
Durante a reunião, segundo Bolsonaro, a privatização da estatal também será discutida. Segundo ele, o presidente Castello Branco terá de explicar os “prejuízos” da empresa em relação ao preço do combustível.
“A Petrobras é uma empresa aí importante, sim. Tem que ser privatizada ou não? Qual a sua opinião? Então, é isso que vamos conversar amanhã porque estava previsto que iriam dar um novo reajuste em cima do combustível. É justo ou não é? Dizem que a Petrobras está dando prejuízo. Então, o presidente da Petrobras vai dizer amanhã para os senhores, que é a obrigação deles, qual o prejuízo, porque que o preço é esse no Brasil, mesmo o da refinaria”, disse.
O chefe do Executivo também afirmou que a cada 500 litros de diesel produzido, o consumidor, na ponta da linha, paga R$ 165 de imposto federal. O valor do ICMS, no entanto, explica Bolsonaro, é muito maior.
“Então, você, caminhoneiro, quando vai abastecer o caminhão, você tem que saber: de imposto para mim, que represento o Poder Executivo Central, você paga R$ 165 de PIS/Cofins. Isso é justo? É um valor razoável? Está alto, está baixo? E, agora, você sabe quanto você paga de ICMS? Duvido, porque em cada estado é um valor diferente”, disse Bolsonaro.
Previsibilidade
Durante a transmissão, o presidente ainda defendeu que o Congresso Nacional aprove uma lei que estabeleça a cobrança do ICMS sobre o preço do óleo nas refinarias.
Mais cedo, nesta quinta, o presidente criticou a variação do ICMS que recai sobre o preço dos combustíveis e afirmou que o consumidor precisa de previsibilidade. O mandatário adiantou que vai convocar uma coletiva de imprensa na sexta-feira (5/2), às 11h, para tratar da questão.
Na semana passada, Bolsonaro apelou para que caminhoneiros não interrompessem suas atividades. Uma paralisação da categoria foi convocada para a última segunda-feira (1º/2), mas não teve o movimento não teve grande adesão e perdeu forças.