Bolsonaro considera “um absurdo” condenar policial por “excesso”
O chefe do Executivo nacional disse que há muitos inocentes no presídio da Polícia Militar em Benfica, no Rio de Janeiro
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) considerou “um absurdo” condenar policiais por “excesso” em serviço. Em discurso nesta quinta-feira (03/10/2019), o mandatário do país disse que há “muitos inocentes” no presídio da Polícia Militar em Benfica, no Rio de Janeiro.
Bolsonaro contou ter visitado o presídio por diversas vezes e dialogado com alguns presos. “Conversando com eles [policiais e bombeiros militares], não mais do que o sentimento, a certeza de que lá dentro tinha muito inocente. Tinha culpado? Tinha. Mas também tinha muito inocente”, frisou. “Basicamente por causa de quê? Excesso. Pode de madrugada, na troca de tiro com o marginal, se o policial dá mais de dois tiros, eles ser condenado por excesso? Um absurdo isso daí”, emendou o titular do Palácio do Planalto.
O chefe do Executivo federal ainda fez considerações sobre o chamado auto de resistência — mortes durante ação policial. “Muitas vezes, a gente vê que um policial militar, que é mais conhecido, né, ser alçado para uma função e vem a imprensa dizer que ele tem 20 autos de resistência. Tinha que ter 50! É sinal que ele trabalha, que faz sua parte e que não morreu. Ou queria que nós providenciássemos empregos para a viúva?”, disparou o presidente.
Ao lado do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, Bolsonaro participou do lançamento da campanha publicitária sobre o pacote anticrime, proposta do ex-juiz da Lava Jato.