Bolsonaro comete gafe ao se referir a nordestinos como “pau de arara”
Em live, presidente comentava a revogação de decretos de luto oficial quando errou o local de nascimento de Padre Cícero, religioso do Ceará
atualizado
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O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), cometeu uma gafe nesta quinta-feira (3/2), durante a tradicional live que faz semanalmente nas redes sociais. Ao falar sobre a revogação de decretos de luto oficial, ele errou o local de nascimento de Padre Cícero, religioso venerado no Nordeste, e, ao comentar com assessores, os chamou de “pau de arara”, expressão considerada pejorativa.
“Falaram que eu revoguei o luto de Padre Cícero. Lá do Pernambuco, é isso mesmo? Que cidade fica lá? Cheio de pau de arara aqui e não sabem em que cidade fica Padre Cícero, pô? Juazeiro do Norte, parabéns aí. Ceará, desculpa aí”, disse o presidente, durante a live.
Veja Bolsonaro comentando a revogação dos decretos:
“A pessoa já faleceu, não tem mais necessidade”, diz @jairbolsonaro sobre decretos de luto.
Em live, presidente afirmou que decidiu reeditar 122 lutos oficiais que haviam sido revogados após polêmica sobre Padre Cícero. “Ali tinha Médici, tinha tudo quanto é tipo de gente”. pic.twitter.com/NHkzPjxl5t
— Metrópoles (@Metropoles) February 3, 2022
No último sábado (29/1), dois dias depois de revogar 25 decretos de luto oficial editados por antecessores, Bolsonaro recuou e foi às redes sociais para anunciar que os atos anulados na sua gestão, assim como outros 97 de governos anteriores, permanecerão vigentes.
Para justificar a medida, o presidente destacou: “Tendo em vista o apelo popular para que todos esses decretos permanecessem vigentes, em respeito à história e à memória dos falecidos, tornarei sem efeito as revogações dos 122 atos, independente do governo que os decretou ou da personalidade homenageada”.
“Prejudica, mas tudo bem”
Mesmo com o recuo, o presidente criticou os decretos de luto oficial na live. Para ele, “prejudica aqui a nossa maneira de tratar com decretos”.
“Sim, prejudica, mas tudo bem. Podia estar desburocratizando isso daí, porque a homenagem ao falecido já foi prestada 10, 20, 30, 40, 50 anos atrás. Não precisava mais existir esse decreto. Mas tudo bem, republicamos o decreto, está tudo resolvido”, finalizou.