Bolsonaro comemora vitória de Pacheco no Senado: “Em cédula de papel”
Senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) foi eleito presidente do Senado por 57 votos contra 21 votos de Simone Tebet (MDB-MS)
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) compartilhou nesta segunda-feira (1º/2) uma mensagem sobre a vitória do senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), eleito para presidir o Senado Federal pelos próximos dois anos.
Defensor do voto impresso no pleito de 2022, Bolsonaro escreveu: “Em cédula de papel, o Senado Federal elegeu o Senador Rodrigo Pacheco (57 votos de 81 possíveis) para presidir a Casa no biênio 2021/22”.
– Em cédula de papel, o Senado Federal elegeu o Senador Rodrigo Pacheco (57 votos de 81 possíveis) para presidir a Casa no biênio 2021/22 pic.twitter.com/ct8ZE5xmpE
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) February 1, 2021
Em uma votação histórica, em meio à pandemia do novo coronavírus, Pacheco conseguiu 57 votos e assegurou sua eleição para presidente. Simone Tebet (MDB-MS), em candidatura avulsa, teve 21 votos.
O mandato do 68° presidente da Casa começa já nesta segunda. Aos 44 anos, ele comandará o Senado Federal até 31 de janeiro de 2023. O senador mineiro era o candidato apoiado pelo ex-presidente Davi Alcolumbre (DEM-MG) e pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Com o resultado, o Democratas comandará a Mesa Diretora por mais dois anos.
Há expectativa de que Pacheco, agora eleito, dê prosseguimento à agenda defendida por seu antecessor. Com apoio declarado do presidente Bolsonaro, o senador também teve o apoio de bancadas da oposição ao governo federal, como as do PT e da Rede.
Carreira política
Eleito por Minas Gerais, Rodrigo Pacheco é formado em direito e já atuou como o conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Antes de iniciar a carreira política, atuou como sócio do advogado Maurício e Oliveira Campos Junior.
Como advogado criminalista, esteve na defesa de condenados no processo do mensalão, como Vinicius Samarane, que foi diretor do Banco Rural. Enquanto defensor, se mostrou crítico ao poder de investigação do Ministério Público.
A jornada política do advogado começou em 2014, quando foi eleito deputado federal por Minas Gerais, pelo MDB (na época, PMDB). Em 2016, tentou sair prefeito por Belo Horizonte, mas ficou em terceiro lugar. Foi deputado até 2018, tendo sido presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Casa. Foi em 2018 que se candidatou para senador pelo DEM e foi eleito com 3.616.864 votos.
Herdeiro
O parlamentar é herdeiro de duas empresas de transporte rodoviário em Minas Gerais, a Santa Rita e Viação Real. Administradas pelo pai de Rodrigo Pacheco, as companhias tiveram os interesses defendidos pelo senador em duas iniciativas legislativa.
A ação direta do parlamentar nos interesses das empresas familiares não repercutiu positivamente à época. Um dos projetos em que o senador teve influência foi um Projeto de Lei que prevê a limitação da concorrência entre as empresas do ramo de transporte de passageiros, medida da qual é defensor.
O texto já foi aprovado no Senado, mas ainda está pendente de análise na Câmara para ir à sanção presidencial. Já a outra matéria trata da renovação das frotas de coletivos antes do tempo já estabelecido na lei. O parlamentar apresentou parecer contrário à matéria, alegando que a Casa não tinha competência para tratar do assunto.
Na ocasião, o senador afirmou que não administrava e não era sócio direto das empresas familiares. O parlamentar acrescentou que “não mistura atividade parlamentar com assuntos pessoais e profissionais”. Sobre os projetos em questão, Pacheco defendeu que não atuou como relator ou autor de nenhum deles e explicou que seu posicionamento está em conformidade com a Constituição.