Bolsonaro comemora relação com Câmara e Senado: “Nunca estivemos tão bem”
A declaração do presidente se dá após decisão do STF que impediu a reeleição de Maia e Alcolumbre para o comando das duas casas legislativas
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comemorou nest quinta-feira (10/12) o que chamou de harmonia com a Câmara e o Senado e disse que nunca esteve tão bem a relação com as duas casas legislativas. O presidente tentou afastar as críticas sobre sua relação com partidos que integram o chamado Centrão, com os quais começou a se relacionar com o objetivo de barrar as ameaças de impeachment.
“Nunca estivemos tão bem com a Câmara e com o Senado. Somos independentes. Agora, estamos mas cada vez mais harmônicos e isso incomoda as pessoas. Quando lá atrás não conversava, diziam que eu era truculento e não conversava, não tinha governabilidade. Quando comecei a conversar com o pessoal, no começo deste ano, a imprensa aqui, Folha, Estadão, Globo, começaram a criticar porque eu estava começando a conversar”, disse o presidente.
A declaração foi feita durante a tradicional transmissão ao vivo, toda quinta-feira, pelas redes sociais. No último fim de semana, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pelo impedimento da reeleição para o comando do Senado e da Câmara, dos atuais presidentes, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e Rodrigo Maia (DEM-RJ), respectivamente.
“Satanização de partidos”
Durante a campanha presidencial, o presidente criticava as relações com as bancadas partidárias e, no início do seu mandato, procurou priorizar as chamadas bancadas temáticas, ou seja, as que defendiam interesses religiosos, armamentistas entre outros temas. Agora, o presidente disse que não se pode ficar “satanizando” dos partidos. “Isso de ficar satanizando partido não existe”.
“Eu já integrei Partido Progressista, PTB, PFL, atualmente DEM, PTB e PSC. E fui também de outros partidos extintos, PPB e PPR. O pessoal vai falar ‘ah que absurdo, foi de tantos partidos’. Isso é interesse meu. Se eu via que era mais fácil me reeleger em outro partido do que nesse, por que vou morrer nesse partido aqui com tantos votos e podia ter sido eleito no outro?”, questionou Bolsonaro.
“Olha, o que eu tenho que aprovar não é pra mim, é para o Brasil. E, cada vez mais, mais parlamentares estão se aproximando. Estamos conversando e dialogando com quase todos os partidos”.
“Alguns partidos é difícil negociar. Vou negociar, por exemplo, armamento com o PT? Costumes com o PSol? Não tem condições. Livre mercado com o PCdoB? Não tem cabimento”, disse o presidente.