Bolsonaro comemora “entrosamento” com o Congresso (e com a China)
Presidente ignorou críticas que fez assim que assumiu e disse que “está perfeitamente alinhado” com a gestão do país comunista
atualizado
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Enviada especial a Pequim – Apesar dos constantes atritos com parlamentares desde a posse, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), disse nesta sexta-feira (25/10/2019) em Pequim, na China, que a política do Brasil “mudou para melhor”, sobretudo pelo “entrosamento” entre o governo e o Congresso Nacional – e usou para justifica a avaliação o andamento das reformas no Parlamento. Fez questão de não mencionar as seguintes trocas de cotoveladas com parlamentares e o recorde de rejeição de vetos presidenciais nestes primeiros 10 meses de governo.
Aclamado e chamado de “mito” pelos presentes no Seminário Empresarial Brasil-China: 45 anos construindo laços bilaterais, que reuniu autoridades chinesas e empresários dos dois países, Bolsonaro disse ainda que estava ansioso para o encontro desta tarde com o presidente chinês, Xi Jinping, para mostrar que o novo governo brasileiro “está perfeitamente alinhado” com a gestão do líder do partido comunista. “E com mais coisas além da questão comercial”, chegou a dizer.
O presidente brasileiro discursou nesta manhã para empresários e autoridades chinesas na abertura de um seminário sobre as relações bilaterais entre os países, promovido pelo Ministério das Relações Exteriores. Além dele, falaram na tribuna os ministros Ernesto Araújo e Onyx Lorenzoni (Casa Civil).
“Não há país que não queira conversar conosco. Afinal, o Brasil mudou pra melhor. A começar pela política do entrosamento do Executivo com o Legislativo, e estamos mostrando ao mundo que estamos mudando de verdade”, discursou Bolsonaro.
O presidente da República afirmou ainda que a aprovação da reforma da Previdência é o “sinal mais claro de que o país está no caminho certo”. “Outras virão brevemente e estarão em vigor, as reformas fiscais e administrativa. Isso traz previsibilidade e confiança àqueles que querem investir no Brasil”.