Bolsonaro chama Flávio Dino de “gordinho ditador do Maranhão”
Presidente entregou títulos de propriedade rural nesta sexta-feira no Maranhão. Dino, do PCdoB, é desafeto do chefe do Executivo federal
atualizado
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Em agenda no Maranhão nesta sexta-feira (21/5), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chamou o governador do estado, Flávio Dino (PCdoB), de “gordinho ditador”.
“Lá na Coreia do Sul [do Norte, na verdade] tem uma ditadura, o ditador não é um gordinho? Na Venezuela, também tem uma ditadura, não é um gordinho lá o ditador? E quem é o gordinho ditador aqui do Maranhão?”, provocou Bolsonaro em cerimônia de entrega de títulos rurais.
Bolsonaro está no Maranhão desde quinta-feira (20/5), acompanhado de parlamentares da região e ministros de Estado. Nesta sexta, ele participou da cerimônia de entrega de 17 mil títulos de propriedade rural no município Açailândia (MA).
Bolsonaro tem trocado farpas com Dino desde 2019. Em transmissão ao vivo na noite de quinta, ele insultou o governador, chamando-o de “comunista gordo”.
Ovacionado por apoiadores que entoavam “Fora Dino”, o presidente também jogou indiretas relacionadas ao partido de Dino, PCdoB, afirmando que o comunismo não deu certo em lugar nenhum e não será no Brasil que vai dar:
“O comunismo não deu certo em lugar nenhum no mundo. Não vai ser no Brasil que ele vai dar certo. Quando se fala em Partido Comunista, vocês têm que ter aversão a isso. E mostrar onde esse regime foi implementado, o que sobrou para o povo? Sobrou a igualdade. Mas a igualdade na miséria, na desesperança, na fome, na tristeza, na destruição de famílias, na destruição das religiões, tudo que não presta simboliza com a palavra que começa com C e termina com A, comunista”, disse.
“O estado do Maranhão, tenham certeza, brevemente será libertado dessa praga. Como falei no começo, foi em tom de brincadeira, mas é verdade. Só os do partido ficam gordos, o povo emagrece, sofre. Eles não têm o que oferecer a vocês”, completou Bolsonaro.
É a terceira vez que Bolsonaro viaja ao Maranhão desde o início do mandato, a segunda somente neste ano. Em outubro do ano passado, quando entregou obras na capital, São Luís, e em Imperatriz, o presidente fez um comentário homofóbico ao tomar um Guaraná Jesus, que tem a cor rosa.
Também estavam presentes na agenda presidencial os ministros Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura), Gilson Machado (Turismo) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), além do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, e do senador Roberto Rocha (PSDB-MA).