Bolsonaro: casamento homoafetivo atacou coração dos cristãos do país
Presidente declarou que quem acredita no casamento entre pessoas do mesmo sexo “vai ver depois, quando deixar a Terra”
atualizado
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Ao criticar o casamento homoafetivo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) sugeriu nesta segunda-feira (17/1) algum tipo de acerto de contas de casais homossexuais com Deus.
“Ninguém é contra duas pessoas conviverem no seu canto e serem felizes. Cada um fez o que bem entender da sua vida. E quem acredita, né, vai ver depois como se entende quando deixar essa Terra. A gente não entra nessa seara”, afirmou Bolsonaro em entrevista à Rádio Viva FM de Vitória (ES).
Em crítica à esquerda, Bolsonaro afirmou que algumas propostas visam “atacar diretamente no coração dos cristãos”.
“A esquerda quer o poder e a maneira melhor de ela chegar ao poder é destruindo os valores familiares”, disse. Sobre o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, ele disse: “Foi uma grande medida para tentar destruir os valores familiares e atacar diretamente no coração dos cristãos no Brasil”.
O casamento entre pessoas do mesmo sexo foi reconhecido no Brasil há mais de sete anos, por meio da Resolução nº 175 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em maio de 2013.
Desde a época em que era deputado federal, Bolsonaro diz combater a “ideologia de gênero”, termo cunhado por conservadores religiosos ante debates sobre a questão de gênero e assuntos relacionados – como homofobia, transfobia e educação sexual – nas escolas e universidades.
O mandatário ainda elogiou o trabalho da ministra e pastora evangélica Damares Alves na pasta da Mulher, Família e Direitos Humanos, que classificou como “excepcional”. Damares é um dos nomes cotados para ser vice de Bolsonaro em 2022. Caso não entre na chapa, ela pode disputar uma vaga no Congresso.