Bolsonaro: “Brasil tem que voltar ao normal. Chegou ao limite”
Após demitir Mandetta, o presidente voltou a cobrar dos governadores o afrouxamento do isolamento e reabertura do comércio
atualizado
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Logo após a demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e o anúncio do sucessor, Nelson Teich, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) bateu novamente na tecla da “volta à normalidade” do país. Ou seja, o afrouxamento do isolamento social como forma de enfrentamento da pandemia do novo coronavírus no Brasil. “Eu acho que já chegou ao limite”, disse.
Segundo o presidente, que falou aos jornalistas na chegada ao Palácio da Alvorada, o país enfrenta duas doenças: “Uma que é essa que estamos vendo aí e outra é o desemprego, que é mais invisível. A ideia do novo ministro é atacar esses dois problemas”, ressaltou.
Bolsonaro voltou a destacar que, se houver colapso da economia, “teremos um problema muito maior do que as mazelas do coronavírus”. Para ele, “o Brasil não tem como manter isso [o isolamento] por muito tempo”.
Manifestações
Os governadores e prefeitos receberam novas crítivas do presidente, que, afirmou, serão obrigados pelo povo a recuarem das decisões de isolamento e fechamento do comércio. “Vai haver manifestações aí”, disse. “Agora tem o problema do ICMS. Quem vai pagar essa conta? É o Jair Bolsonaro? Não. É o povo”.
O presidente ainda observou que, por conta do isolamento, o desemprego cresceu muito. “Alguns milhões que tinham carteira assinada foram demitidos”, destacou. “Os mais humildes não têm como levar comida para casa. Para muitos deles, os R$ 600 não é (sic) suficiente”.
Questionado se o governo poderá estender o Auxílio Emergencial aos trabalhadores informais, no valor de R$ 600 mensais, Bolsonaro afirmou que a decisão cabe ao ministro da Economia, Paulo Guedes. “Ele continua sendo meu Posto Ipiranga”.