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Bolsonaro avisa: usará caneta contra quem está “se achando”

Em crise com o ministro da Saúde, presidente fez declaração a um grupo de evangélicos que foi ao Palácio da Alvorada prestar apoio a ele

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Jair Bolsonaro
1 de 1 Jair Bolsonaro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Às turras com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, com quem disse que tem “se bicado” por conta de como ele vem lidando com a crise provocada pelo coronavírus no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, neste domingo (05/04), que “algumas pessoas do seu governo de repente viraram estrelas e falam pelos cotovelos”.

E mandou um recado, sem citar nomes: “A hora dele não chegou ainda não. Vai chegar a hora dele. A minha caneta funciona. Não tenho medo nem pavor de usar minha caneta”.

“Algumas pessoas do meu governo… algo subiu à cabeça deles. Eram pessoas normais, mas, de repente, viraram estrelas. Falam pelos cotovelos e têm provocações”, atacou o presidente.

Veja a ameaça velada de Bolsonaro a partir de 01:20 do vídeo:

As declarações foram dadas durante conversa com um grupo de evangélicos que foi ao Palácio da Alvorada prestar apoio ao presidente, que os convocou para um dia de jejum contra o coronavírus. O presidente assegurou que jejuou também. A cada frase dele, os apoiadores respondiam: “Amém!” e “Deus estrá contigo”.

O bate-papo com os aliados envolvia a formação do ministério e a demissão de alguns ministros, que o presidente disse ter errado ao escolhê-los.

Prosseguindo com as indiretas, Bolsonaro assegurou que usará a caneta não para o bem dele, mas para o bem do Brasil. “Nada pessoal meu”, ressaltou.

Ameaça de demissão

Na última quinta-feira (02/04), Bolsonaro deixou claro, em entrevista à rádio Jovem Pan, que não está satisfeito com o trabalho do ministro Mandetta na condução da crise do coronavírus e cobrou dele adesão à tese de que é preciso fazer a economia voltar a andar.

“O Mandetta já sabe que a gente tá se bicando há algum tempo”, disparou Bolsonaro. “Eu não vou demitir no meio da guerra, mas ele sabe que em algum momento ele extrapolou”, completou, para depois amenizar um pouco: “Não é ameaça. Se ele se sair bem, sem problema”.

Mandetta, por sua vez, tem evitado o confronto direto com o chefe. A aliados, diz que o ônus de sua demissão tem que ser do presidente.

E um dia depois de ser criticado por Bolsonaro, o ministro garantiu que não cogita abandonar o cargo. “Médico não abandona paciente”, disse.

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