Bolsonaro atribui bons resultados em pesquisa à escolha do ministério
“Sem critério político”, disse o presidente eleito sobre a montagem ministerial
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente eleito, Jair Bolsonaro, atribuiu os bons resultados obtidos em recente pesquisa de opinião sobre expectativas de seu governo, ao acerto na escolha dos titulares dos ministérios. Segundo Bolsonaro, foram decisões técnicas, e não políticas, o que agradou à população. Bolsonaro falou à imprensa na tarde deste domingo (16/12), em um quiosque na Barra da Tijuca, onde foi tomar uma água de coco e foi muito festejado por pessoas que estavam no local.
“É um reflexo, com toda a certeza, do bom ministério escolhido. Sem o critério político. Então isso aí dá uma esperança no povo [de] que algo diferente vai acontecer”, disse ele, em referência à pesquisa CNI/Ibobe divulgada na última quinta-feira (13/12), em que 75% dos entrevistados dizem que o futuro governo está no caminho certo e 64% dos entrevistados acreditam que a administração dele será ótima ou boa.
Bolsonaro reafirmou que o tema pena de morte não está em sua agenda e rebateu entrevista publicada pelo jornal O Globo deste domingo, com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), na qual este defende a medida, para casos como tráfico de drogas ou crimes hediondos, dependendo de plebiscito popular. O parlamentar é filho do presidente eleito.
“Não está em nosso plano, não está em nosso programa, não foi debatido durante a campanha. Enquanto eu for presidente, da minha parte, não teremos esta agenda. A matéria [de O Globo] puxa documentos do Itamaraty do ano passado. Porque ele [Eduardo] foi à Indonésia ver como é que diminuiu a violência lá. E foi implementado a pena de morte lá. Mas não é esta a nossa intenção, até porque sabemos que está em cláusula pétrea [na Constituição] que no Brasil não haverá pena de morte”, explicou o futuro presidente.
Perguntado se iria convidar o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, para sua posse, Bolsonaro foi incisivo, dizendo que nem ele, nem o atual presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel receberiam convite.
“Ele não vai receber, nem o ditador que substituiu o Raúl Castro [Canel]. É uma ditadura, não podemos admitir. O povo lá não tem liberdade. Os [médicos] cubanos foram embora por quê? Porque sabiam que eu ia descobrir que grande parte deles, ou parte deles, eram agentes e militares. E não podemos admitir trabalho escravo aqui no Brasil, com a máscara de trabalho humanitário voltado para pobres, no tocante a médicos, e não é verdade isso aí”, ressaltou Bolsonaro.