Bolsonaro ataca “palpiteiros” e desautoriza Mourão sobre saída de chanceler
“Deixo bem claro: todos os meus 23 ministros eu que escolho e mais ninguém e ponto final”, ressaltou o presidente a apoiadores
atualizado
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Em conversa com apoiadores na portaria do Palácio da Alvorada nesta quinta-feira (28/1), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desautorizou o vice Hamilton Mourão a comentar sobre a expectativa de uma reforma ministerial após a eleição das presidências da Câmara e do Senado e a possível demissão do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
Em um recado indireto direto ao vice, Bolsonaro disse: “O que nós menos precisamos é de palpiteiros no tocante à formação do meu ministério. E deixo bem claro: todos os meus 23 ministros eu que escolho e mais ninguém e ponto final. Se alguém quiser escolher, que se candidate em 2022 e boa sorte em 2023”.
Mais cedo, em entrevista à rádio Bandeirantes, Mourão havia sido questionado sobre a situação do chanceler Ernesto Araújo, no contexto das relações com outros países para a aquisição de vacinas contra a Covid-19. O vice-presidente então sinalizou que haveria mudanças ministeriais após a eleição no Congresso, sendo que Araújo poderia sair.
“A sua pergunta aí, realmente tem que ser levada a sério. O vice falou que eu estou para trocar o chefe do Itamaraty. Quero deixar bem claro uma coisa. Tenho 22 ministros efetivos e um que é interino. Aí que nós podemos ter um nome diferente ou efetivação do atual. Nada mais além disso”, falou Bolsonaro um de seus apoiadores.
Semear a discórdia
“Toda semana recebo da mídia informações que vão ser trocados ministros, tentando sempre semear a discórdia no nosso governo. Eu lamento que gente do próprio governo agora passe a dar palpites no tocante à troca de ministros”, disse o presidente.
“O governo vai indo bem, apesar dos problemas que nós temos da pandemian que realmente deu uma atrapalhada em quase tudo, mas eu peço a todo mundo: nãoo é que acredite não… é que tenham tranquilidade de modo que não fiquem especulando, porque isso só traz inquietações internas e levam incertezas para a população”, arrematou.