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Bolsonaro ataca ação que cobra plano da União para varíola dos macacos

Ele disse que responsabilidade sobre comprar ou não vacina contra a doença tem que ficar com quem de direito: o presidente da República

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Presidente Jair Bolsonaro discursa durante convenção que lançou candidatura de seu ex-líder na Câmara dos Deputados, Major Vitor Hugo , ao Governo de Goiás
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro discursa durante convenção que lançou candidatura de seu ex-líder na Câmara dos Deputados, Major Vitor Hugo , ao Governo de Goiás - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou nesta quarta-feira (17/8) uma ação apresentada pelo PSB ao Supremo Tribunal Federal (STF) que pede para o governo federal e estados editem um plano para enfrentar a varíola dos macacos.

Na segunda-feira (15/8), o ministro Alexandre de Moraes abriu um prazo de cinco dias para que a União e os governos estaduais informem as estratégias adotadas até o momento para combater a doença.

“Já se fala, tem um partido aí de esquerda, que entrou no Supremo, entre os pedidos, para que eu compre vacina para a questão da varíola dos macacos”, disse Bolsonaro durante agenda com prefeitos.

O titular do Palácio do Planalto disse que espera uma definição do Supremo para que a política de condução da crise sanitária seja conduzida por ele.

“Estou aguardando para ver qual a decisão no nosso Supremo Tribunal Federal. Mas tenho certeza que, dessa vez, essa responsabilidade seja devolvida a quem é de direito, que é o presidente da República a tratar desses assuntos”, afirmou.

Assista:

Durante a pandemia de coronavírus, Bolsonaro pregou em diversas oportunidades que o Supremo havia tirado dele para conduzir a calamidade — o que não é verdade. O STF, na verdade, reforçou a competência não só da União, mas também dos estados, para impor regras de enfrentamento à doença.

Presidente voltou a defender “kit Covid”

Ainda durante o evento com prefeitos, o chefe do Executivo federal voltou a defender a liberdade do médico para prescrever medicamentos sem eficácia comprovada cientificamente contra a Covid-19.

Apesar de não ter citado nomes de remédios do chamado “tratamento precoce”, o titular do Palácio do Planalto disse que “muitas vidas poderiam ter sido evitadas no Brasil” se os profissionais da saúde tivessem liberdade para receitar remédios como cloroquina, por exemplo.

“Eu lamento e muito uma pressão enorme em cima dos médicos contra a sua liberdade. […] Pode ter certeza de uma coisa: notícias já começam a aparecer e brevemente nós saberemos que muitas vidas poderiam ter sido evitadas no Brasil se os médicos tivessem realmente a plenitude, a sua garantia de clinicar”, afirmou.

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Descendente de italianos e alemães, Bolsonaro recebeu o primeiro nome em homenagem ao jogador Jair Rosa Pinto, do Palmeiras, e o segundo, Messias, atribuído por Olinda Bonturi, mãe do presidente, a Deus, após uma gravidez complicada. Na infância, era chamado de Palmito pelos amigos
Ingressou no Exército aos 17 anos, na Escola Preparatória de Cadetes. Em 1973, foi aprovado para integrar a Academia Militar de Agulhas Negras (Aman), formando-se quatro anos depois
Dentro do Exército, Bolsonaro também integrou a Brigada de Infantaria Paraquedista, serviu como aspirante a oficial no 21º e no 9º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC), cursou a Escola de Educação Física do Exército, serviu no 8º Grupo de Artilharia de Campanha Paraquedista e, em 1987, cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais
Em 1986, Jair foi preso por 15 dias, enquanto servia como capitão, por ter escrito um artigo para a revista Veja criticando o salário pago aos cadetes da Aman. Contudo, dois anos após o feito, foi absolvido das acusações pelo Superior Tribunal Militar (STM)
Em 1987, novamente respondeu perante o STM por passar informação falsa à Veja. Na ocasião, o até então ministro do Exército recebeu da revista um material enviado pelo atual presidente sobre uma operação denominada Beco Sem Saída, que teria como objetivo explodir bombas em áreas do Exército como protesto ao salário que os militares recebiam
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Jair Messias Bolsonaro, nascido em 1955, é um capitão reformado do Exército e político brasileiro. Natural de Glicério, em São Paulo, foi eleito 38º presidente do Brasil para o mandato de 2018 a 2022

Reprodução/Instagram
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Descendente de italianos e alemães, Bolsonaro recebeu o primeiro nome em homenagem ao jogador Jair Rosa Pinto, do Palmeiras, e o segundo, Messias, atribuído por Olinda Bonturi, mãe do presidente, a Deus, após uma gravidez complicada. Na infância, era chamado de Palmito pelos amigos

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Ingressou no Exército aos 17 anos, na Escola Preparatória de Cadetes. Em 1973, foi aprovado para integrar a Academia Militar de Agulhas Negras (Aman), formando-se quatro anos depois

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Dentro do Exército, Bolsonaro também integrou a Brigada de Infantaria Paraquedista, serviu como aspirante a oficial no 21º e no 9º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC), cursou a Escola de Educação Física do Exército, serviu no 8º Grupo de Artilharia de Campanha Paraquedista e, em 1987, cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais

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Em 1986, Jair foi preso por 15 dias, enquanto servia como capitão, por ter escrito um artigo para a revista Veja criticando o salário pago aos cadetes da Aman. Contudo, dois anos após o feito, foi absolvido das acusações pelo Superior Tribunal Militar (STM)

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Em 1987, novamente respondeu perante o STM por passar informação falsa à Veja. Na ocasião, o até então ministro do Exército recebeu da revista um material enviado pelo atual presidente sobre uma operação denominada Beco Sem Saída, que teria como objetivo explodir bombas em áreas do Exército como protesto ao salário que os militares recebiam

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A primeira investigação realizada pelo Conselho de Justificação Militar (CJM) concluiu que Bolsonaro e outros capitães mentiram e determinou que eles deveriam ser punidos. O caso foi levado ao Superior Tribunal Militar, que, por outra vez, absolveu os envolvidos. De acordo com uma reportagem da Folha à época, foi constatado pela Polícia Federal que, de fato, a caligrafia da carta enviada à Veja pertencia a Jair

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Em 1988, Bolsonaro foi para a reserva do Exército, ainda com o cargo de capitão, e, no mesmo ano, iniciou a carreira política. Em 1988, foi eleito vereador da cidade do Rio de Janeiro e, em 1991, eleito deputado federal. Permaneceu como parlamentar até 2018, quando foi eleito presidente da República

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Durante a carreira, Bolsonaro se filiou a 10 legendas: Partido Democrata Cristão (PDC), Partido Progressista Reformador (PPR), Partido Progressista Brasileiro (PPB), Partido da Frente Liberal (PFL), Partido Progressistas (PP), Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Democratas (DEM), Partido Social Cristão (PSC), Partido Social Liberal (PSL) e, atualmente, Partido Liberal (PL)

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É casado com Michelle Bolsonaro, 40 anos, e pai de Laura Bolsonaro, 11, Renan Bolsonaro, 24, Eduardo Bolsonaro, 38, Carlos Bolsonaro, 39, e Flávio Bolsonaro, 41, sendo os três últimos também políticos

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Em 2018, enquanto fazia campanha eleitoral, Jair foi vítima de uma facada na barriga. Até hoje o atual presidente precisa se submeter a cirurgias por causa do incidente

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Eleito com 57.797.847 votos no segundo turno, Bolsonaro coleciona polêmicas em seu governo. Além do entra e sai de ministros, a gestão de Jair é acusada de ter corrupção, favorecimentos, rachadinhas, interferências na polícia, ataques à imprensa e a outros poderes, discurso de ódio, disseminação de notícias faltas, entre outros

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Programas sociais, como o Vale-gás, Alimenta Brasil, Auxílio Brasil e o auxílio emergencial durante a pandemia da Covid-19, foram lançados para tentar ajudar a elevar a popularidade do atual presidente

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De olho na reeleição em 2022, Bolsonaro se filiou ao Partido Liberal (PL). O vice de sua chapa nas eleições deste ano é o general Walter Braga Netto

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A declaração do presidente ocorre momentos após a Polícia Federal (PF) ter afirmado ao Supremo Tribunal Federal que o mandatário da República cometeu incitação ao crime ao associar a vacina contra a Covid-19 ao risco de desenvolver Aids.

A associação feita por Bolsonaro é falsa e ocorreu durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais. Tanto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) quanto outras autoridades de saúde já desmentiram a relação feita pelo presidente e ressaltaram que as vacinas não causam qualquer tipo de doença.

Para a PF, o presidente “disseminou, de forma livre, voluntária e consciente, informações que não correspondiam ao texto original de sua fonte, provocando potencialmente alarme de perigo inexistente aos espectadores”.

A delegada da Polícia Federal Lorena Lima Nascimento, responsável pelo caso, ainda pediu para que o Supremo autorize a tomada de depoimento de Bolsonaro no inquérito que o investiga por disseminação de notícias falsas e desinformação sobre o uso de máscaras e a vacinação contra a Covid-19.

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