Bolsonaro aparece em lista mundial de maiores “predadores” da imprensa
O levantamento, chamado de “predadores da liberdade de imprensa”, foi feito pela ONG Repórteres sem Fronteiras (RSF) e reuniu 37 líderes
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) apareceu em um levantamento feito pela organização Repórteres sem Fronteiras (RSF) como um dos 37 chefes de Estado ou de governo mais nocivos à liberdade de imprensa. A ONG tem sede na França e possui status consultivo na Organização das Nações Unidas (ONU), na Unesco, no Conselho da Europa e na Organização Internacional da Francofonia (OIF).
Os 37 nomes incluem, pela primeira vez, duas mulheres e um líder europeu. O chefe do Executivo brasileiro aparece logo após o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman, no rol dos recém-chegados.
“Também aparecem pela primeira vez na lista, caracterizando um gênero bem diferente, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro, cuja retórica belicosa e grosseira contra a imprensa cresceu consideravelmente desde o início da crise sanitária”, diz o levantamento. Como modo de predação, o líder brasileiro se destaca nos insultos, humilhações e ameaças vulgares.
O levantamento também aponta que os alvos preferidos de Bolsonaro são mulheres jornalistas, analistas políticos e integrantes da rede Globo. Veja aqui o perfil completo de Bolsonaro no levantamento.
Segundo revelou o Relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil – 2020, elaborado pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Bolsonaro sozinho respondeu por 175 registros de violência contra a categoria (40,89% do total de 428 casos): 145 ataques genéricos e generalizados a veículos de comunicação e a jornalistas, 26 casos de agressões verbais e uma ameaça direta a jornalistas.