Bolsonaro alfineta “ministro marqueteiro” e critica atuação de Moro
Presidente participou de transmissão ao vivo neste sábado e fez críticas a dois de seus ex-ministros
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou a atuação de dois de seus ex-ministros, que deixaram seus cargos no governo por desacordo com as posições do chefe do Executivo federal. Os alvos foram os antigos chefes da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e da Justiça, Sergio Moro. As declarações foram dadas durante uma live na tarde deste sábado (10/10).
Para Bolsonaro, caso Sergio Moro ainda estivesse no governo, haveria pressão para nomeá-lo para a vaga de Celso de Mello no Supremo Tribunal Federal (STF). “Não sei se subiu alguma coisa na cabeça dele. Ele é que tem que responder isso. Se tivesse continuado no governo, esses que hoje me criticam estariam pressionando para colocá-lo no Supremo”, afirmou.
Segundo o chefe do Executivo, a produtividade das polícias Federal e Rodoviária Federal aumentaram após a saída de Moro do governo. “Desde quando ele saiu, não só a PF, como a PRF triplicaram as apreensões de drogas. Essas duas instituições se soltaram, aí sim, parece que com completa liberdade para trabalhar e está dando uma resposta excepcional para a sociedade”, disse.
Bolsonaro reforçou ainda seu compromisso com o combate à corrupção. A declaração ocorre após o presidente declarar ter acabado com a Operação Lava Jato porque, segundo ele, não há mais corrupção no governo.
Saúde
Luiz Henrique Mandetta foi chamado do “ministro marqueteiro” por Bolsonaro. O presidente ridicularizou o ex-ministro e chegou a falar de uma suposta previsão feita por Mandetta, de que o Brasil chegaria a “um milhão de mortos e que caminhões do Exército recolheriam corpos” de vítimas do novo coronavírus.
O antigo ministro da Saúde nunca chegou a estimar, ao menos publicamente, que o Brasil teria um milhão de mortos. A previsão que o ex-ministro fez, ainda em maio, foi de 150 mil óbitos pela Covid-19, marca que o país está prestes a atingir: já foram registradas 149.692 mortes.
Durante a live, Bolsonaro exaltou a “escalação” de sua equipe de ministros. “Quem tem que saber das coisas e trabalhar são eles, não sou eu. Eu supervisiono, eu sou técnico de futebol”, concluiu.