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Bolsonaro alerta países vizinhos de “internacionalização” da Amazônia

Presidente brasileiro participou de reunião feita em Leticia, na Colômbia, por videoconferência, devido a restrições médicas

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Bolsonaro
1 de 1 Bolsonaro - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Em participação por vídeo em reunião sobre a Amazônia, em Leticia, na Colômbia, nesta sexta-feira (06/09/2019), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) alertou países vizinhos sobre o risco à soberania no controle da floresta devido a interesses internacionais.

“O apelo que eu faço aos amigos presidentes, aos representantes dos países que estão aí nesse momento, que se atentem: nós temos o que outros países não têm. Não podemos ser meros exportadores de commodities”, discursou Bolsonaro.

À distância, direto da sala de reuniões do 3º andar do Palácio do Planalto, apareceram ao lado do presidente da República, em vídeo, os ministros do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno.

Participaram do encontro na cidade que faz fronteira com o Amazonas os presidentes da Colômbia, Iván Duque; do Peru, Martín Vizcarra; do Equador, Lenín Moreno; e da Bolívia, Evo Morales; além do vice-presidente do Suriname, Michael Adhin; e o ministro de Recursos Nacionais da Guiana, Raphael Trotman.

O chefe do Executivo relembrou o episódio em que o presidente da França, Emmanuel Macron, ventilou a ideia de internacionalização da Amazônia, na ocasião em que os dois tiveram atritos. “Ele [Macron] se precipitou, mas um plano para tornar essa grande área um patrimônio mundial ainda está no tabuleiro do jogo”, alertou.

Bolsonaro afirmou, mais uma vez, que foi atacado sob argumento de que houve aumento do desmatamento e das queimadas no Brasil porque não demarcou terras indígenas. Disse ainda que o “frisson” internacional relacionado ao tema serviu apenas para Macron criticar o país.

“Nós reagimos, aqui, a isso tudo. Nós sempre fizemos a nossa parte para combater o desmatamento e os focos de incêndio”, afirmou. Bolsonaro mencionou, novamente, a história do presidente da Bolívia, Evo Morales, presente no evento, para defender a exploração de terras indígenas no país.

“Temos aí na Bolívia um presidente que é um homem da terra, um homem das origens da Bolívia. Aí, um índio pode ser presidente, agora, aqui no Brasil, o índio tem que ficar confinado dentro da sua reserva, dentro da sua terra, e não pode fazer nada dentro da mesma. O novo governo do Brasil não admite isso e luta contra”, exemplificou.

O presidente brasileiro fez uma crítica indireta ao chefe de Estado do Equador, Lenín Moreno, que fez uso da palavra antes dele e cantou uma música pela preservação do meio ambiente. “A natureza não precisa de nós, mas nós precisamos dela”, disse Moreno. Bolsonaro rebateu: “Não podemos agir como poeta na situação em que nos encontramos”.

Ao fim do discurso, o presidente da República pediu que a mensagem conjunta resultante da reunião em Leticia esclareça ao mundo que a soberania da Amazônia não é negociável. “Nós temos que dizer que a Amazônia é nossa. É do Brasil, é da Bolívia, da Venezuela, do Peru, das Guianas. Tenho certeza de que esse documento que sairá daí agora reforçará a nossa soberania”, completou.

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