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Bolsonaro alerta ao turista que “pense bem antes de ir a Noronha”

O presidente reclamou das taxas e exigências para se visitar o arquipélago: “Vão tirar o teu escalpo em Fernando de Noronha. Toma cuidado”

atualizado

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Fernando de Noronha
1 de 1 Fernando de Noronha - Foto: Reprodução/Instagram

Em sua costumeira live semanal, via Facebook, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) queixou-se, nessa quinta-feira (09/01/2020), da forma como o turismo, segundo ele, é feito no país. “O Brasil é um local excepcional para turismo. Tá faltando dar meios para o turista. Estimulá-lo”, disse, para depois usar como exemplo negativo no setor o arquipélago de Fernando de Noronha, um dos principais pontos turísticos brasileiros. Para Bolsonaro, as taxas cobradas e as exigências para ir ao local espantam o turista. “Pense bem antes de ir em Fernando de Noronha”, alertou.

“Você vai ser escalpelado em Fernando de Noronha. Vão tirar o teu escalpo em Fernando de Noronha. Toma cuidado, liga antes. É 200 ‘merreis’ para ir na praia, 200 reais para ir na praia. Não pode fazer isso, não pode fazer aquilo. É multa para tudo quanto que é lado. Virou um paraíso para o pessoal que resolveu tomar para si Fernando de Noronha”, falou Bolsonaro.

Em seguida, ele mandou um recado para a administração da ilha: “Se eu estiver fazendo errado, basta ligar para o ministro do Turismo [Marcelo Álvaro Antônio], entrar em contato com o Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente, ou com o Gilson [Machado], presidente da da Embratur. Diga as condições, que eu me penitencio e divulgo o que for certo no tocante a Fernando de Noronha”.

Pássaro morto
Mas as críticas ao arquipélago voltaram após o recado. “Olha o que eu sei sobre Fernando de Noronha”, falou o presidente ao se referir a uma torre de energia eólica no local. “Um dia, um cara do ICMBio passou por lá e viu um passarinho morto. Uma comoção… um pássaro morto. O que é que foi… aquela hélice bem devagar. O coitado do passarinho devia estar saindo do revéillon, bateu e morreu. Bem, não tem mais [energia eólica]. Agora a energia é térmica”.

Bolsonaro revelou que tem falado com o ministro Salles para, no momento em que for renovar concessões, “acabar com essa brincadeira”. “Dá vontade de entrar com uma voadora lá na ilha. mas a gente não pode fazer isso aí, vai honrar os compromissos feitos pela Dilma lá em 2012”, disse.

Taxas
A taxa de R$ 222 é cobrada a turistas estrangeiros para ter acesso ao Parque Nacional Marinho, sob responsabilidade do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio). Ela dá direito de visitar o local por dez dias. Em julho de 2019, o presidente já havia questionado o valor. Mesmo assim, o ingresso foi reajustado em novembro.

Os serviços turísticos do parque são terceirizados. A cobrança é feita por uma empresa concessionária, a Econoronha, que venceu uma licitação. Para turistas brasileiros, o valor é de R$ 111. (Com informações do G1).

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