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Bolsonaro: Alcolumbre age fora das “quatro linhas” da Constituição

A acusação refere-se ao imbróglio em torno da marcação de sabatina do ex-advogado-geral da União André Mendonça para a vaga no STF

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse à CNN Brasil, na manhã desta quarta-feira (13/10), que o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), não está cumprindo a Constituição Federal. A declaração refere-se ao imbróglio em torno da marcação de sabatina do ex-advogado-geral da União André Mendonça para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).

“Eu ainda aguardo a sabatina do André Mendonça no Senado Federal. Ele [Davi Alcolumbre] age fora das quatro linhas da Constituição”, afirmou Bolsonaro. Nesta quarta-feira, completam-se três meses desde que mandatário do país formalizou a indicação.

Mais cedo, nesta quarta-feira, o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) disse que concorda com a posição do chefe do Executivo federal, na defesa pelo pronto agendamento da votação pelo nome de Mendonça.

“Acho que não está correto isso aí. O senador Alcolumbre deveria cumprir a tarefa dele, de presidente da CCJ: botar o nome para ser votado e acabou. Se for aprovado, muito bem. Se não for, muito bem também. É o papel do Senado confirmar, ou não, a indicação do presidente da República. Uma coisa eu digo claramente: não está correto”, argumentou Mourão.

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Bolsonaro conversa com o senador Alcolumbre
Jair Bolsonaro e Davi Alcolumbre
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Senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) e o presidente Jair Bolsonaro em evento no Planalto

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Bolsonaro conversa com o senador Alcolumbre

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Críticas a Alcolumbre

Nada satisfeito com a demora do presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), em marcar a votação, o presidente Jair Bolsonaro direcionou duras críticas ao ex-aliado.

Segundo o mandatário, o que o senador “está fazendo não se faz”. O chefe do Palácio do Planalto também comparou o ato do parlamentar com uma “tortura”.

“O Davi Alcolumbre é uma pessoa que eu ajudei, por ocasião das eleições ainda na Câmara. Depois, ele pediu apoio para eleger o Rodrigo Pacheco e eu ajudei. Teve tudo que foi possível durante os dois anos comigo e, de repente, ele não quer o André Mendonça”, disse Bolsonaro, no domingo (10/10), em entrevista à imprensa.

“Não tem motivo para mudar André Mendonça. É uma pessoa que é evangélica, é um compromisso meu e tem uma bagagem jurídica enorme. Há interesse por partes de alguns senadores de colocar um nome mais simpático a eles, mas o que o Davi Alcolumbre faz não é justo. É uma verdadeira tortura contra um chefe de família”, pontuou o mandatário, alguns dias depois.

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