Bolsonaro afirma ser contra intervenção militar no Rio de Janeiro
O deputado federal e ex-militar disse não concordar com o modelo proposto pelo governo federal
atualizado
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O deputado federal e pré-candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL-RJ) afirmou ser contra a intervenção militar na segurança pública do Rio de Janeiro, anunciada nesta sexta-feira (16/2) pelo presidente Michel Temer (MDB). Ao site O Antagonista, o parlamentar afirmou discordar do modelo proposto pelo governo federal.
O decreto que estabelece a intervenção no RJ será assinado em cerimônia no Planalto com Temer, autoridades de segurança e o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (MDB), ainda nesta sexta-feira (16). Com a medida, o Exército passará a ter responsabilidade sobre as polícias, os bombeiros e a área de inteligência do estado, inclusive com poder de prisão de seus membros.
“É uma intervenção decidida dentro de um gabinete, sem discussão com as Forças Armadas. Nosso lado não está satisfeito. Estamos aqui para servir à pátria, não para servir esse bando de vagabundos”, afirmou o deputado ao site.
Bolsonaro alegou que autorizar os militares a atuarem na segurança do Rio de Janeiro sem a aprovação do “excludente de ilicitude” – causa excepcional que retira o caráter ilegal de uma conduta tipificada como criminosa – não resolve o problema. “No Haiti, você podia atirar. Aqui, como vai ser?”.Para o pré-candidato e ex-militar, o problema de segurança no RJ não será resolvido com um decreto presidencial. “Todo mundo diz que estamos em guerra. O Rio está em guerra. Mas que guerra é essa que só um lado pode atirar? Qualquer um do lado de cá, que tome uma medida de força, vai ter problemas depois na Justiça, seja o policial militar, o civil ou o rodoviário federal”, disse.