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Bolsonaro afirma que Anvisa “não vai correr” para aprovar vacinas

O presidente disse que a agência tem autonomia para concluir aprovação de medicação “no tempo certo”

atualizado

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1 de 1 Live do Bolsonaro - Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira (22/10) que “não manda” na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e que o órgão não vai acelerar a aprovação das vacinas que estão sendo produzidas para o combate do coronavírus.

Em transmissão ao vivo pelas redes sociais, o presidente disse que o diretor-presidente do órgão, o contra-almirante Antônio Barra Torres, afirmou que não vai ceder a pressões para “liberar a vacina em 72 horas”.

“O almirante Barra falou também que, em aparecendo uma vacina no mundo, vindo para cá, primeiro a saúde, depois a Anvisa é que vai dar a certificação. Agora, ele não vai correr. Não vai ser em 72 horas que ele vai pegar e dizer: está autorizada a distribuição no Brasil”, disse o presidente.

Bolsonaro disse que não tem poder de interferir na agência, somente com a indicação dos seus dirigentes. “A vacina tem que ser certificada pela Anvisa. Eu não mando na Anvisa. Alguns acham que eu mando na Anvisa. A Anvisa atua com independência”, sustentou o presidente.

“A Anvisa não é subordinada a mim, apesar de que quem indica o diretor para a sabatina no Senado sou eu”, disse Bolsonaro.

“O próprio Almirante Barra foi indicado por mim. Ele é um médico excepcional. Vi ele hoje dando entrevista sobre essa questão da vacina. Realmente é uma pessoa muito equilibrada.”

Segundo Bolsonaro, o tempo de análise por parte da agência diminuiu muito durante a gestão de seu indicado. “Quem reclama de atraso da Anvisa, veja uns anos atrás, tinha coisa que nem era resolvida”, alegou o presidente.

Nesta quinta, o diretor-geral do Instituto Butantan, Dimas Covas, acusou a Anvisa de retardar a importação da matéria-prima para produzir a Coronavac, vacina da farmacêutica chinesa Sinovac contra o novo coronavírus.

O Butantan é parceiro da Sinovac nos testes dessa que virou a vacina da discórdia após o presidente Jair Bolsonaro afirmar que o país não comprará o imunizante chinês.

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