metropoles.com

Bolsonaro admite erro, mas agora fala em apurar “supernotificação” de mortes por Covid

Presidente afirmou que estados fizeram notificação excedente de mortes por Covid-19 para obter mais recursos; CGU deve fazer investigação

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Presidente Jair Bolsonaro cumprimenta apoiadores na saída do Palácio da Alvorada 3
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro cumprimenta apoiadores na saída do Palácio da Alvorada 3 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Em interação com apoiadores nesta terça-feira (8/6), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) admitiu ter se equivocado ao divulgar que o número de mortes por Covid-19 em 2020 seria 50% menor do que o registrado. Adiantou, porém, que o governo federal deve fazer investigação própria sobre a suposta supernotificação de óbitos.

Na segunda-feira (7/6), o mandatário da República afirmou que o Tribunal de Contas da União (TCU) teria relatório questionando a quantidade de óbitos pelo coronavírus em 2020. Segundo Bolsonaro, o documento apontava que as mortes foram cerca de metade do número registrado.

No mesmo dia, a Corte rebateu a informação: “O TCU esclarece que não há informações em relatórios do tribunal que apontem que ‘em torno de 50% dos óbitos por Covid no ano passado não foram por Covid’, conforme afirmação do presidente Jair Bolsonaro divulgada hoje”.

Nesta terça-feira, o presidente admitiu equívoco, mas falou que um acórdão do TCU vislumbrava a possibilidade de uma prática não desejável de supertificação de mortes por Covid.

“A questão do equívoco entre mim e o TCU de ontem: o TCU está certo. Eu errei quando falei tabela, o certo é acórdão. O que acontece: tem uma lei complementar do ano passado que diz que a distribuição de verbas do governo federal para estados levava em conta alguns critérios”, corrigiu.

Para Bolsonaro, no caso, o mais importante era a incidência de Covid. “E o próprio TCU dizia o quê? Que essa lei complementar poderia incentivar uma prática não desejável da supernotificação de Covid para aquele estado ter mais recursos. A tabela quem fez foi eu, não foi o TCU. Então, o TCU acertou em falar que a tabela não é deles”, disse o presidente na saída do Palácio da Alvorada.

Investigação própria

O mandatário adiantou que a Controladoria-Geral da União (CGU) deverá fazer investigação própria em torno do registro de mortes por Covid-19.

“O que o governo pode fazer, via Advocacia-Geral da União, é uma investigação em cima disso. Desculpa aqui, a Controladoria-Geral da União fazer, então, um trabalho em cima disso aí. É um indício fortíssimo”, apontou.

E continuou: “Vocês devem ter visto muitos vídeos no WhatsApp de pessoas falando ‘meu pai, meu vô, meu tio, meu irmão não morreu de Covid’. E botaram Covid por quê? Havia, poderia estar havendo, como o próprio TCU previu em acórdão que isso ia acontecer”, disse o presidente.

No ano passado, o país registrou 194.949 vítimas da doença, número que foi ultrapassado em 2021. No total, o Brasil contabiliza 473.404 óbitos pela doença desde o início da pandemia.

“Agora, nós vamos para cima, exatamente para apurar quais os estados que fizeram supernotificação em busca de mais dinheiro”, prosseguiu.

Ainda de acordo com o presidente, governadores e prefeitos adotaram medidas de restrição de circulação para justificar a destinação de mais recursos do governo federal.

“Quem pagou a conta alta com essas políticas de supernotificação, que tinham que ser justificadas por lockdown, por toque de recolher? O mais pobre, que perdeu sua renda, em especial ali a gente chama aquele cara que vendia churrasquinho de gato, vendia água no sinal, o informal. São aproximadamente 38 milhões de pessoas no Brasil”, afirmou.

A conversa de Bolsonaro com apoiadores foi divulgada por um canal no YouTube simpático ao presidente.

4 imagens
Presidente Jair Bolsonaro conversa com apoiadores, ao deixar o Palácio da Alvorada
Apoiadores do mandatário do país
Presidente Jair Bolsonaro conversa com apoiadores, ao deixar o Palácio da Alvorada
1 de 4

Presidente Jair Bolsonaro conversa com apoiadores, ao deixar o Palácio da Alvorada

Rafaela Felicciano/Metrópoles
2 de 4

Presidente Jair Bolsonaro conversa com apoiadores, ao deixar o Palácio da Alvorada

Rafaela Felicciano/Metrópoles
3 de 4

Apoiadores do mandatário do país

Rafaela Felicciano/Metrópoles
4 de 4

Presidente Jair Bolsonaro conversa com apoiadores, ao deixar o Palácio da Alvorada

Rafaela Felicciano/Metrópoles

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?