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Bolsonaro admite articulação para excluir policiais da PEC Emergencial

Objetivo seria preservar as forças de segurança de medidas de ajuste fiscal previstas na proposta, como o congelamento salarial

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Presidente Jair Bolsonaro
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Durante conversa com jornalistas no Palácio da Alvorada, nesta segunda-feira (8/3), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ventilou a possibilidade de fatiamento da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial na Câmara dos Deputados para preservar as forças de segurança, como policiais, de medidas como o congelamento salarial. A chamada Bancada da Bala ameaça votar contra a proposta caso não haja alterações.

A proposta foi votada no Senado Federal na quarta-feira (3/3) e está prevista para ser apreciada na Câmara nesta quarta-feira (10/3).

“Eu sou o presidente, não devo interferir, mas conversei com o relator e com o Arthur Lira [presidente da Câmara]. A bancada da Segurança, que são mais ou menos 150 parlamentares, quer mudanças. Da minha parte, eu falei com o relator, que é soberano, que ele poderia correr o risco de não aprovar se não mexesse em três artigos… eram cinco e passamos para três, buscando a negociação”, disse o chefe do Executivo.

Para Bolsonaro, a solução seria suprimir do relatório do deputado Daniel Freitas (PSL-SC) os pontos sensíveis para as categorias da segurança pública, representadas na Câmara, informalmente, pela Bancada da Bala.

“Isso vai ser levado pelo relator ao Lira e ele vai conversar com os líderes sobre a supressão desses três dispositivos na PEC para que ela não volte ao Senado ou o que é pior: não seja aprovada”, explicou Bolsonaro. “Vale lembrar que essas emendas supressivas não voltam ao Senado. Essas três ficam fora, e pode ser criada uma PEC paralela e tramitar normalmente”.

Mais cedo, o relator da proposta disse a jornalistas, na saída do Palácio do Planalto, que ainda vai dialogar com líderes da Câmara e que, por enquanto, nada está decidido.

“Nada será decidido sem antes a participação de todos os líderes da Câmara dos Deputados. Então, esse é o próximo passo: a reunião de líderes para que eu possa ouvir a todos e, assim, depois, construir o meu relatório. Cada um fez as suas ponderações. Agora, é ouvir os líderes e depois tomar as nossas decisões”, explicou Daniel Freitas.

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