Bolsonaro abaixa o tom sobre cloroquina. “Vamos ver se dá certo”
Presidente fez sua tradicional transmissão semanal pelo Facebook após troca de comando no Ministério da Saúde ao lado do novo ministro
atualizado
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Ao apresentar seu novo ministro da Saúde, Nelson Teich, em sua transmissão semanal pelo Facebook nesta quinta-feira (16/04), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) trouxe à conversa um dos temas que o fez perder a paciência com o ministro demitido, Luiz Henrique Mandetta: o uso da cloroquina como remédio para o coronavírus, apesar de não haver ainda comprovação científica de sua eficácia.
O presidente não mostrou o entusiasmo de outros tempos com o remédio e disse que é possível que se descubra, no futuro, que ele não é eficaz. “Mas se tem uma pessoa picada por cobra e você tem um soro que não sabe se é para aquela cobra, vai dar ou não?”, questionou. “A cloroquina pode dar certo. Pode se chegar daqui a um ou dois anos à conclusão que não serviu ou que foi eficaz. Cloroquina não é imposição minha. É algo que pode ser eficaz, não sou médico”, disse Bolsonaro, antes de perguntar a opinião de Teich.
O novo ministro foi cuidadoso. “Medicamentos sem comprovação de eficácia, você cria critérios para disponibilizar quando acha que o benefício pode ser maior que o possível malefício”, disse.
“O importante é trabalhar para entender o remédio. Tem algumas indicações que ele funciona e questionamentos de eficácia e toxidade. Nossa função é trazer que solução seja rápida com base em dados precisos e confiáveis. Acredito que isso vai vir num espaço de tempo relativamente curto”, prometeu, sem anunciar mudanças no protocolo do Ministério da Saúde, que atualmente prevê testar a cloroquina em pacientes de Covid-19 que estejam hospitalizados, para poder monitorar os riscos cardíacos.
Veja o vídeo completo: