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Bolsonaro à CPI: “Por que não convocam o Malafaia? Estão com medo?”

Na quarta (26/5), presidente da CPI negou convite a Silas Malafaia, alegando que conversas do pastor com presidente eram de cunho espiritual

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Malafaia presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o pastor Silas Malafaia, no Palácio do Planalto
1 de 1 Malafaia presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o pastor Silas Malafaia, no Palácio do Planalto - Foto: Divulgação/PR

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desafiou, nesta quinta-feira (27/5), a CPI da Covid a convocar o pastor Silas Malafaia para falar à comissão. Durante transmissão ao vivo nas redes sociais, Bolsonaro confirmou que trata de “muita coisa” com o religioso.

Nessa quarta-feira (26/5), o presidente do colegiado, senador Omar Aziz (PSD-AM), negou um pedido para colocar em votação o convite do reliogoso. Ele argumentou que as conversas de Malafaia com Bolsonaro se tratam de “conselhos espirituais”.

A ida do pastor à CPI havia sido sugerida pelo senador Flávio Bolsonaro (sem partido), filho do presidente Jair Bolonaro, mas o requerimento foi apresentado por Marcos Rogério (DEM-RO).

“Por que vocês [senadores] não convocam o Malafaia? Estão com medo do Malafaia? É uma das pessoas que mais converso”, disse Bolsonaro.

“Aí vem com esse papinho: ‘Ah, não vou convocar porque ele é um assessor espiritual’. Vá plantar batata, ô CPI. Ele fala sobre muita coisa comigo, pô. Convoca o Malafaia, pô. Estão com medo do Malafaia ou estão com medo dos evangélicos, hein?”, indagou.

Bolsonaro afirmou que Malafaia tem “o que contribuir” para a CPI e que ele não seria intimidado pelos senadores.

“Vocês [senadores] ficam aí, partindo para a intimidação das pessoas que vão depor. Se bem que o Malafaia jamais será intimidado. Tenho certeza disso. Pelo seu caráter, pelo seu conhecimento. E acho que ele tem o que contribuir, sim. Dar testemunho. Convoca o Malafaia, CPI. É um pedido meu”, declarou.

Assessoramento paralelo

Além disso, durante depoimento de Luiz Henrique Mandetta, o ex-ministro afirmou que o presidente Jair Bolsonaro recebia uma espécie de “assessoramento paralelo” ao Ministério da Saúde no combate à pandemia.

A CPI investiga se as orientações desse “gabinete extraoficial” eram definidas pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente ou ainda pelo ex-assessor da Presidência Arthur Weintraub, irmão do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub.

“Vocês querem tanto saber quem é que me aconselha. Quem chega lá [no meu gabinete] é [o ex-secretário Fabio] Wajngarten, é [o ex-ministro Eduardo] Pazuello… Quem é que aconselha o presidente da República?”, indagou Bolsonaro, durante a live, em tom de desafio.

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