Bolsonaro: “37 brasileiros chegaram à embaixada do Brasil na Romênia”
Presidente disse que grupo partiu de Kiev, na Ucrânia, em direção à Romênia. Aviões da FAB estão à disposição para trazer grupo ao Brasil
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, neste domingo (27/2), que 37 brasileiros chegaram à embaixada do Brasil na Romênia. Em publicação feita nas redes sociais, o chefe do Executivo disse que o grupo partiu de Kiev, capital da Ucrânia, em direção ao território romeno.
“Um grupo de 39 pessoas [37 brasileiros e 2 uruguaios], que partiu de Kiev chegou à embaixada do Brasil na Romênia. Estão todos bem de saúde e em segurança”, escreveu o presidente.
Nesse sábado (26/2), o governo federal anunciou que dois aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) poderão ser usados para resgatar brasileiros que vivem na Ucrânia. Cerca de 500 brasileiros vivem no país. De acordo com o Ministério da Defesa, duas aeronaves KC-390 Millennium estão “de prontidão”. Os aviões estão na Base Aérea de Anápolis (GO), mas ainda não há uma data certa para a decolagem.
Entre sexta-feira (25/2) e sábado, ao menos três trens partiram de Kiev, capital da Ucrânia, rumo a Chernivtsi, cidade no oeste do país, nas proximidades das fronteiras com a Romênia e a Moldávia.
“A embaixada estabeleceu um posto avançado na fronteira com a Moldova (caminho entre Kiev e Romênia) para recepcionar os brasileiros que por ventura cheguem desgarrados por aquela região fronteiriça. Aguardamos dos interessados a manifestação em retornarem para o Brasil, onde já disponibilizamos duas aeronaves KC- 390 da FAB”, disse Bolsonaro.
Veja a publicação do presidente:
Conflito entre países
A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança. Os laços entre Rússia, Belarus e Ucrânia existem desde antes da criação da União Soviética (1922-1991).
Com autorização do presidente Vladimir Putin, tropas russas iniciaram, na madrugada de quinta-feira (24/2), uma ampla operação militar para invadir a Ucrânia. Em pronunciamento, ele fez ameaças e disse que quem tentar interferir no conflito sofrerá consequências nunca vistas na história.
Já são quatro dias de luta armada. Ao menos 198 pessoas morreram nos confrontos, segundo o governo ucraniano. Outras 1.115 ficaram feridas. O governo ucraniano afirma que 100 mil soldados russos estão no país. Russos sitiaram a a capital Kiev e tentam tomar o poder.
República Tcheca, Polônia, França, Estados Unidos, Holanda, Alemanha e Bélgica anunciaram o envio de ajuda estrutural de armas e dinheiro, apesar de não ordenarem apoio militar para os confrontos.
Antes o que ficava em discursos político-diplomáticos e bombardeios em campos de batalhas, passou a afetar hospitais, orfanatos, prédios residenciais, além de escolas e creches.