1 de 1 Na imagem colorida. Um homem está posicionado no centro. Ele usa terno e gravata, tem cabelos curtos e grisalhos e olha atentamente para a frente
- Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a defender tratamentos ineficazes contra a Covid-19, doença causada pelo coronavírus. Segundo ele, os servidores do Palácio do Planalto fizeram uso desses medicamentos e “nenhum foi hospitalizado” com a enfermidade.
No entanto, números obtidos pelos Metrópoles via Lei de Acesso à Informação (LAI) mostram que a Presidência da República teve 712 casos de Covid e 3 mortes causadas pela doença em dois anos de pandemia.
“Parte considerável de médicos do Brasil usam tratamento offlabel. Na Presidência, em torno de 200 servidores que tiveram problemas com a Covid, procuraram o posto médico e fizeram o tratamento precoce”, declarou em entrevista ao site Gazeta Brasil.
Atualmente, o Planalto conta com cerca de 4 mil funcionários. Desses, 270 foram diagnosticados com Covid-19 no ano passado e outros 442 em 2020.
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Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron foi classificada pela OMS como de preocupação
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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento
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Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido
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Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas
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Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo
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O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus
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A primeira é que a variante tenha começado o desenvolvimento em meados de 2020, em uma população pouco testada, e só agora acumulou mutações suficientes para se tornar mais transmissível
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A segunda é que surgimento da Ômicron pode estar ligado ao HIV não tratado. A terceira, e menos provável, é que o coronavírus teria infectado um animal, se desenvolvido nele e voltado a contaminar um humano
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De qualquer forma, o sequenciamento genético mostra que a Ômicron não se desenvolveu a partir de nenhuma das variantes mais comuns, já que a nova cepa não tem mutações semelhantes à Alfa, Beta, Gama ou Delta
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Com medo de uma nova onda, países têm aumentado as restrições para conter o avanço da nova variante
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De acordo com documento da OMS, a Ômicron está em circulação em 110 países. Na África do Sul, ela vem se disseminando de maneira mais rápida do que a variante Delta, cuja circulação no país é baixa
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Mesmo em países onde o número de pessoas vacinadas é alto, como no Reino Unido, a nova mutação vem ganhando espaço rapidamente
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No Brasil, 32 casos foram registrados, segundo balanço divulgado no fim de dezembro pelo Ministério da Saúde
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Por conta da capacidade de disseminação da variante, a OMS orienta que pessoas se vacinem com todas as doses necessárias, utilizem corretamente máscaras de proteção e mantenham as mãos higienizadas
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A entidade ressalta ainda a importância de evitar aglomerações e recomenda que se prefiram ambientes bem ventilados
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Os medicamentos, hidroxicloroquina e ivermectina, não têm eficácia comprovada no tratamento da doença, mas são defendidos pelo mandatário desde o início da pandemia.
Para Bolsonaro, tratamento precoce foi politizado por quem é contrário ao uso, para tentar criar um “pavor” na cabeça das pessoas.
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