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Blindada por habeas corpus, diretora da Precisa depõe à CPI da Covid

Emanuela foi chamada como alternativa ao adiamento do depoimento de Francisco Maximiano, sócio da empresa que intermediou compra da Covaxin

atualizado

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Pedro França/Agência Senado
diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades
1 de 1 diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades - Foto: Pedro França/Agência Senado

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 ouve, na manhã desta terça-feira (13/7), o depoimento da diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades. A representante chega para depor ao colegiado blindada por um habeas corpus, que lhe concede o direito de permanecer em silêncio durante a oitiva e se recusar a responder aos questionamentos dos senadores.

Emanuela foi convocada como alternativa ao adiamento do depoimento de Francisco Maximiano, sócio da empresa. A oitiva com o empresário foi suspensa após o Supremo Tribunal Federal (STF) também permitir que o depoente não respondesse aos questionamentos.

O objetivo da convocação dos representantes da Precisa é investigar e esclarecer detalhes do potencial beneficiamento da Bharat Biotech e da empresa intermediária no processo de aquisição de compra da vacina indiana Covaxin pelo Ministério da Saúde.

Na última semana, a CPI da Covid-19 ouviu técnicos e servidores da pasta que atuaram, diretamente, nas negociações para aquisição do imunizante. O nome da diretora técnica da empresa privada foi citado diversas vezes pelos depoentes. Segundo os relatos, a funcionária esteve à frente das negociações iniciais da companhia.

A diretora integra o rol de investigados da comissão parlamentar. Em 30 de junho, além de sua convocação, os senadores aprovaram as quebras de sigilo telefônico e telemático de Emanuela.

Erros técnicos

Na sexta (9/7), a CPI da Covid ouviu o consultor técnico cedido ao Ministério da Saúde William Amorim Santana, convocado a depor após ter sido citado por outros depoentes como envolvido nas negociações da vacina Covaxin.

Na ocasião, Santana apontou falhas técnicas nos invoices – uma espécie de resumo da nota fiscal com dados da importação-exportação –, como a forma de pagamento, a quantidade de doses e o nome da empresa intermediária, a Madison Biotech, com sede em Cingapura. Segundo o consultor técnico, os invoices e e-mails eram enviados e assinados por Emanuela Medrades.

“Meu papel nessa questão era, estritamente, o recebimento e análise da invoice e, amparado pelas devidas autorizações, solicitar a abertura da licença de importação”, especificou.

Santana é técnico da divisão de importação do ministério, cedido pela Organização Pan-Americana de Saúde, subordinado ao servidor Luis Ricardo Miranda. Ricardo Miranda disse à CPI da Covid ter sofrido “pressão atípica” de superiores por causa do imunizante indiano. Santana confirmou. “Existe uma hierarquia no ministério. E as cobranças eram dirigidas a ele (Luis Ricardo Miranda). Ele era bastante cobrado”, apontou o depoente.

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