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Bivar após expulsão de Frota: “Não concordamos com comportamento dele”

Deputado foi desfiliado da sigla, após críticas a colegas parlamentares e a Bolsonaro, além de abstenção em votação da Previdência

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Marcelo Camargo/Agência Brasil
Luciano Bivar, União Brasil
1 de 1 Luciano Bivar, União Brasil - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente do PSL, deputado Luciano Bivar (PE), explicou nesta terça-feira (13/08/2019) as razões que levaram a sigla a desfiliar o deputado Alexandre Frota (SP). Segundo ele, o “desalinhamento” do ex-ator ficou insustentável. “Não concordamos com o comportamento dele”, pontuou Bivar.

Coube a uma comissão da executiva nacional do partido limar Frota. A decisão foi unânime: nove votos. Bivar destacou que as recorrentes críticas a parlamentas da legenda e o distanciamento do governo e do presidente Jair Bolsonaro (PSL) contribuíram para a decisão.

“Tem que no mínimo respeitar a hierarquia do partido e o sentimento de unicidade que todo o partido procura ter. Dentro do desalinhamento, que não foi nem uma nem duas vezes, decidimos pela desfiliação”, destacou Bivar.

Antes mesmo de Frota se abster na votação do segundo turno da reforma da Previdência, o que acentuou a crise entre o PSL e o deputado, um procedimento interno avaliava a conduta do parlamentar.

“O processo de instrução precedeu aquele comportamento (a abstenção na votação), estava em fase de instrução. Como o partido não tem um conselho de ética, é a executiva nacional que faz a análise por meio de um conselho. Já estávamos acompanho as declarações dele”, explicou Bivar.
A secretária-geral do partido, Flávia Francischini, deverá informar oficialmente à Câmara dos Deputados sobre a desfiliação. Apesar da expulsão, Frota não foi enquadrado no artigo que prevê a perda do mandato. O PSL não considerou que ele cometeu infidelidade partidária.
Ofensas recorrentes
“Ele estava ofendendo o partido. O que é considerado grave. Foi um sentimento da executiva nacional do partido que não foi a primeira vez que vinha se comportando dessa forma inadequada. Já tínhamos conversado com ele, o retiramos da vice-liderança e sempre se manteve reincidente”, destacou Bivar.
Bolsonaro não participou da decisão. O presidente não foi consultado sobre a desfiliação. “Ele não interfere no funcionamento interno do partido”, comentou o chefe da sigla.
Bivar minimiza o “efeito Frota”, como uma debandada de deputados com ele. “Lamentamos a desfiliação, mas o partido é impessoal. O partido é paradoxalmente intangível, mas o que temos é concreto, que são nossas ideias”, finalizou.
Em crise
Frota se elegeu com 155 mil votos, na esteira da onda que consagrou Bolsonaro e muitos candidatos do PSL em outubro de 2018. Desde o início do mandato, entretanto, foi se afastando do governo e de vários dos mais vistosos aliados, como a deputada Carla Zambelli.

O congressista optou por não se alinhar automaticamente a todas as decisões de Bolsonaro e, ao se dizer “decepcionado” com a atuação do correligionário nos primeiros meses, entrou na mira dos bolsonaristas mais ferrenhos no partido.

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