Bispo Edir Macedo critica Lula: “Nunca deu nada à Igreja”
Edir Macedo, bispo e fundador da Igreja Universal, afirmou Lula “nunca deu nada” à igreja e à TV Record
atualizado
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Edir Macedo, bispo e fundador da Igreja Universal, criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), alegando que não “deve nada” ao petista em relação aos governos anteriores. Para ele, não houve políticas voltadas ao setor evangélico nem incentivos à TV Record — o bispo é proprietário da emissora desde os anos 1990.
“Lula esteve oito anos no governo. Pergunta a ele o que ele me fez, o que ele me deu? O que ele deu à Igreja? O que ele deu à Record? Ele não deu nada, apenas fez o que tinha de fazer, assim como fez com as demais emissoras. Obviamente, que pagou, honrou lá seus compromissos. Mas eu não devo nada ao Lula”, afirmou.
O líder religioso não foi econômico ao alegar que a dívida de Lula é com “Deus” e que, supostamente, ele teria ido à Igreja Universal falar com o bispo quando estava com câncer na garganta.
“Agora, ele me deve. Não a mim, mas a Deus. Mas, obviamente, Deus nos usou. Quando ele estava com câncer na garganta ele foi lá na Igreja falar comigo. Fechamos a sala. Fechei a porta. Impus as mãos sobre o pescoço dele e orei por ele. Eu orei pelo Lula. E ele ficou curado. Fez tratamento lá no [hospital Albert] Einstein e ficou curado”, declarou.
Macedo disse o mesmo sobre Jair Bolsonaro (PL) não ter feito nada por ele ou pela igreja. “O Bolsonaro é a mesma coisa. Quer dizer, eu fiz favor para ele. Ele não me fez favor nenhum”, alegou. Apesar da crítica, o bispo declarou voto em Bolsonaro em 2018 e 2022.
Acenos
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, fez uma ofensiva para abrir diálogo com o Republicanos, partido vinculado à Igreja Universal. Logo após a vitória de Lula, ela ligou para Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), visto como ponte entre a legenda e Lula.
Sem resistência do PT e sua base, Marcos Pereira, presidente nacional do Republicanos, foi eleito vice-presidente da Câmara neste ano.
Em caráter reservado, parlamentares ligados a Marcos Pereira haviam dito que a posição dele era manter a “independência” em relação ao governo. A justificativa é de que a bancada se identifica como centro-direita, e isso estaria destoando com o eleitorado conservador.
O Republicanos elegeu Tarcísio de Freitas ao governo do Estado de São Paulo em 2022.