Bharat alertou Precisa de que não conseguiria cumprir cronograma de vacinas
E-mails enviados à empresa brasileira pela companhia indiana revela que proposta da Precisa trazia cronograma inviável
atualizado
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A CPI da Covid-19 teve acesso a troca de e-mails entre a Precisa Medicamentos e a Bharat Biontech, em que a empresa indiana que importaria a Covaxin para o Brasil revela que não conseguiria cumprir o cronograma de entrega de vacinas contra a Covid-19.
O material apreendido pelo colegiado deriva de operação realizada pela Polícia Federal nas sedes da empresa, em São Paulo. A informação foi noticiada pelo jornal O Globo.
Em uma das mensagens encaminhada à diretora Emanuela Medrades, que já depôs à CPI, um funcionário da empresa afirma que a proposta da empresa “indica um cronograma de entrega que não está alinhado com o nosso compromisso com o governo do Brasil”.
“Estamos abertos a aumentar a quantia de 12 para 20 milhões de doses. Mas o cronograma de entrega que foi pedido não é viável para nós”, diz o funcionário em outro e-mail.
Conforme noticiado pelo colunista Igor Gadelha, a empresa indiana nem mesmo tinha “contrato formal” com a Precisa Medicamentos, embora reconheça que a empresa brasileira foi sua representante legal junto ao Ministério da Saúde na negociação para a venda de 20 milhões de doses vacina Covaxin.
A informação foi dada pela Bharat em documento sigiloso enviado à comissão. O ofício foi encaminhado pelo laboratório indiano em resposta a um requerimento enviado pela CPI, no final de julho de 2021.