Base fluvial da PF será direcionada ao Vale do Javari, local dos assassinatos de Dom e Bruno
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), confirmou via Twitter a informação sobre a base fluvial da PF
atualizado
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), informou que uma base fluvial da Polícia Federal será enviada para o Vale do Javari, no Amazonas. O local foi palco, em junho do ano passado, dos assassinatos de Dom Phillips, 57 anos, e Bruno Pereira, 41.
“Base fluvial da Polícia Federal será deslocada para o Vale do Javari, no Amazonas. Estamos ampliando a presença do aparato estatal na Amazônia, para fortalecer a autoridade da Lei na região”, escreveu o ministro em uma rede social.
Base fluvial da Polícia Federal será deslocada para o Vale do Javari, no Amazonas. Estamos ampliando a presença do aparato estatal na Amazônia, para fortalecer a autoridade da Lei na região. pic.twitter.com/OqTkSJb3lL
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) March 15, 2023
O principal suspeito das mortes de Dom e Bruno, Rubens Villar Coelho, o “Colômbia”, foi condenado, em dezembro do ano passado, pela Justiça Federal do Amazonas, por falsidade ideológica. Os outros envolvidos também seguem presos, mas ainda não foram condenados.
São eles:
- Amarildo da Costa Oliveira, conhecido pelo “Pelado”;
- Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos Dantos”;
- Jefferson da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha”.
O crime
Phillips, 57, e Pereira, 41, desapareceram em 5 de junho, no fim de um curto trajeto pelo rio Itaquaí. Pereira acompanhava Phillips em viagem de reportagem para um livro sobre desenvolvimento sustentável na Amazônia, mas o barco não chegou a Atalaia do Norte, conforme programado.
O desaparecimento foi comunicado às autoridades e à imprensa pela União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja). Lideranças indígenas atuaram nas buscas ao lado das autoridades.
O exame médico-legal, realizado pelos peritos da PF, indicou que a morte de Dom Phillips foi causada por traumatismo toracoabdominal por disparo de arma de fogo, com munição típica de caça. Foram identificados “múltiplos balins” (múltiplos projéteis de arma de fogo), ocasionando lesões na região abdominal e torácica. Ele foi atingido com um tiro.
A morte de Bruno Pereira foi causada, segundo os peritos, por traumatismo toracoabdominal e craniano por disparos de arma de fogo com munição típica de caça, “que ocasionaram lesões no tórax/abdômen (2 tiros) e face/crânio (1 tiro)”.