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“Barroso presta um desserviço à nação brasileira”, diz Bolsonaro

Presidente ainda afirmou que não aceitará o que chamou de “intimidações” e que vai continuar fazendo críticas

atualizado

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1 de 1 bolsonaro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Em interação com apoiadores na manhã desta terça-feira (3/8), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso presta um desserviço à nação brasileira.

O magistrado, que também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tem entrado em rota de colisão com Bolsonaro, por defender o sistema eleitoral eletrônico e se posicionar contrariamente à aprovação do voto impresso.

“O ministro Barroso presta um desserviço à nação brasileira, cooptando gente de dentro do Supremo, querendo trazer para si, ou de dentro do TSE, como se fosse uma briga minha contra o TSE ou contra o Supremo. Não é contra o TSE nem contra o Supremo. É contra um ministro do Supremo, que é também presidente do Tribunal Superior Eleitoral, querendo impor a sua vontade”, disse o mandatário na saída do Palácio da Alvorada (veja vídeo abaixo).

Em seguida, o chefe do Executivo federal reforçou ataques ao ministro por posições expressas por Barroso em votações no Supremo. Na ocasião, o mandatário pontuou que não aceitará o que chamou de “intimidações” e também disse que o magistrado “deve ao senhor Luiz Inácio Lula da Silva”.

“Não aceitarei intimidações. Vou continuar exercendo meu direito de cidadão, de liberdade de expressão, de crítica, de ouvir, e atender, acima de tudo, a vontade popular.”

“Último recado”

Na mesma conversa, Bolsonaro afirmou que está disposto a participar de ato na Avenida Paulista, em São Paulo, para dar último recado sobre voto impresso.

“Se o ministro Barroso continuar sendo insensível, como parece estar sendo, se ele quer um processo contra mim, e se o povo assim desejar – porque eu devo lealdade ao povo brasileiro –, haverá uma concentração na Paulista para darmos o último recado para aqueles que ousam açoitar a democracia. Repito: o último recado, para que eles entendam o que está acontecendo e passem a ouvir o povo, e passem a entender que o Brasil tem 8,5 milhões de quilômetros quadrados, e não um pedacinho dentro do DF. Eu estarei lá”, assinalou.

TSE pede investigação

Na segunda-feira (2/8), a Corte eleitoral aprovou, por unanimidade, a abertura de inquérito administrativo e o envio de notícia-crime ao STF, para que o chefe do Executivo nacional seja investigado por fake news.

Na primeira frente, o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Luis Felipe Salomão, propôs investigação do presidente pelos constantes ataques às urnas eletrônicas e ameaças às eleições. O inquérito investigará crimes de corrupção, fraude, condutas vedadas, propaganda extemporânea, abuso de poder político e econômico na realização desses ataques.

Em uma segunda frente, o plenário do TSE aprovou um pedido ao Supremo para que o presidente Jair Bolsonaro seja investigado no inquérito que apura a disseminação de fake news. O ministro Luís Roberto Barroso encaminhou link de uma das lives de Bolsonaro para Alexandre de Moraes — relator do Inquérito das Fake News no STF. Segundo o presidente do TSE, a ação servirá para “fins de apuração de possível conduta criminosa”.

O mandatário da República sustenta, há cerca de dois anos, que houve fraudes nas eleições de 2018, e alega que só foi eleito porque teve muitos votos; o titular do Palácio do Planalto, porém, nunca apresentou provas sobre essas denúncias. Na última quinta-feira (29/7), convocou a imprensa para uma live na qual apresentaria evidências de fraude, mas trouxe apenas denúncias já desmentidas e disseminou mais desinformação.

Veja a íntegra da conversa de Bolsonaro com apoiadores:

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