Barros volta a pedir ao STF que seu depoimento ocorra nesta semana
O líder do governo na Câmara foi apontado pelo deputado Luis Miranda como nome citado por Bolsonaro como “dono” do esquema da Covaxin
atualizado
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O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), informou que voltou a insistir em um pedido encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que o grupo que coordena os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, no Senado, marque para esta semana seu depoimento ao colegiado.
Barros teve seu nome apontado pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF) como a pessoa que teria citada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como o “dono” do negócio envolvendo a compra da vacina Covaxin. O contrato da negociação é suspeito de uma série de irregularidades, entre elas, o superfaturamento de mais de 1.000% no preço de cada dose.
Os senadores já avisaram que querem ouvir Barros a partir do dia 20 de julho. O objetivo é colher mais elementos que possam auxiliar no interrogatório, inclusive com a comparação de dados provenientes de quebra de sigilos. Nesta data, o Congresso Nacional estaria, a princípio, em recesso parlamentar. Portanto, pode ocorrer alguma alteração.
Mais uma vez pedi ao STF que marque meu depoimento na CPI ainda nesta semana. Meu nome já foi citado 96 vezes. Cancelaram minha ida no dia 08 sem justificativa. Não estou tendo direito à defesa. Desde o início me coloquei à disposição. https://t.co/UbYrHt1jFj
— Ricardo Barros (@RicardoBarrosPP) July 12, 2021
Caso haja o recesso parlamentar e a CPI não possa continuar os trabalhos, o depoimento de Barros ficaria só para agosto. A intenção da coordenação da CPI é prorrogar os trabalhos por mais três meses.
Esse é o segundo pedido feito por Barros ao STF. Inicialmente, a comissão o ouviria na quinta-feira (8/7) passada, mas os senadores resolveram adiar para colher mais informações. Barros acionou o STF para que seu depoimento ocorresse o mais rapidamente possível.
Na semana passada, ao falar da carta enviada ao presidente Bolsonaro pelos membros da CPI pedindo esclarecimentos, Barros reclamou da demora.
Carta a Bolsonaro.
Não há “terrível suspeição”. Basta a CPI ouvir a mim e a Precisa. Todos os já ouvidos na CPI me isentaram. Adiaram o meu depoimento e o de Maximiano. Logo não querem esclarecer nada . Querem manter a falsa narrativa de que há irregularidade. É uma fake news— Ricardo Barros (@RicardoBarrosPP) July 8, 2021