Barros nega existência do orçamento secreto e mira Alexandre de Moraes
Em entrevista ao Metrópoles, líder do governo diz que quem afirma não saber a origem das emendas de relator está com “preguiça de procurar”
atualizado
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Em entrevista ao Metrópoles, o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), rebateu as críticas aos repasses das emendas de relator (RP-9), que ficaram popularmente conhecidas como “orçamento secreto“. “Não há orçamento secreto, nunca existiu orçamento secreto”, enfatizou.
Segundo o deputado, quem afirma não saber a origem das emendas está com “preguiça de procurar”. “Todas as solicitações de recursos, de estados, municípios e instituições ao orçamento da União são feitas por escrito, processadas nos ministérios através da instrução de uma documentação necessária, aprovados tecnicamente, empenhados e publicados, e depois são pagas”, disse, em participação no Boletim Metrópoles desta sexta-feira (14/10).
“Excrescência política”
Durante a entrevista, o aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL) também direcionou críticas ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, e também ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Moraes tem tomado decisões monocráticas tendenciosas, buscando favorecer o candidato Lula, atacando os empresários que apoiam o presidente, criou aquele constrangimento com medidas de busca e apreensão, bloqueio em contas sem fundamento nenhum, esse inquérito das fake news, que é uma excrescência política”, defendeu.
Na ocasião, o deputado comentava a possibilidade de Bolsonaro, em um eventual segundo mandato, alterar a configuração do Supremo Tribunal Federal (STF), ampliando de 11 para 15 ministros. Dessa maneira, o presidente seria responsável por mais indicações e teria, em sua visão, aliados para formar maiorias em votações do seu interesse.
Para Barros, a ideia é ventilada em reação às “invasões de prerrogativas” da Corte. “Tudo o que aconteceu tem criado uma reação também ao STF, do qual faz parte. O Supremo tem invadido prerrogativas. Isso é um assunto que surge por conta do problema que é a falta de comportamento adequado dos ministros do STF, em especial o Alexandre de Moraes”, concluiu.