Barros diz que foi injustiçado após suspensão da CPI da Covid
Líder do governo Bolsonaro na Câmara irritou senadores com críticas à condução da comissão
atualizado
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O deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo Jair Bolsonaro na Câmara, disse, nesta quinta-feira (12/8), que foi “injustiçado” por membros da CPI da Covid-19 e reiterou que está à disposição para voltar à comissão.
“Fui injustiçado. Criou-se uma verdade que não é verdadeira, de que Bolsonaro teria me acusado. Ele não me acusou, já deu entrevista dizendo isso e que eu sigo firme na liderança do governo. Estamos firmes, aprovando matéria para o país, e queremos continuar com o nosso trabalho”, declarou Barros a jornalistas, após a sessão ser suspensa.
“Não posso permitir que uma mentira repetida diversas vezes se torne verdade”, acrescentou.
O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), suspendeu a sessão após Barros afirmar que “a forma agressiva com que os trabalhos da CPI estão sendo conduzidos tem afastado fornecedores de vacinas do Brasil”. A declaração gerou reação de senadores.
“Eu sou parlamentar. Estou a convite e à disposição para esclarecer os fatos. Mas o meu direito de opinião não pode ser cerceado em nenhum momento. A mesma imunidade que eles alegam ter acusar, eu tenho para me defender e julgar o trabalho da CPI”, afirmou.
Barros foi citado pelos irmãos Miranda no caso Covaxin. Em depoimento à CPI, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) afirmou que, ao alertar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre possíveis irregularidades nas negociações da vacina indiana contra a Covid-19, o chefe do Executivo teria dito que Barros estaria envolvido no esquema. O líder do governo na Câmara nega. O presidente não se pronunciou.