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Barbosa nega plano de uso de reservas para reagir à crise na economia

Além de mostrar solidez com as reservas e corrigir eventuais desequilíbrios no câmbio, Barbosa repetiu que a equipe econômica continua comprometida em adotar medidas para equilibrar as condições macroeconômicas

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Wilson Dia/Agência Brasil
O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa. Foto: Wilson Dia/Agência Brasil
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O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, negou qualquer plano de usar as reservas internacionais para reagir à situação de crise na economia. Ao contrário, disse que o ideal é manter as reservas em patamar elevado. “Em um momento de volatilidade, a melhor política é continuar mantendo um estoque elevado de reservas e, eventualmente, adotar medidas para reduzir volatilidade no câmbio com swap cambial”, disse em entrevista coletiva.

Além de mostrar solidez com as reservas e corrigir eventuais desequilíbrios no câmbio, Barbosa repetiu que a equipe econômica continua comprometida em adotar medidas para equilibrar as condições macroeconômicas. “Vim para mostrar que muito se avançou, mas obviamente vivemos uma fase de retração da atividade econômica. Vamos continuar adotando medidas para estabilizar”, disse após o primeiro dia de participação no Fórum Econômico Mundial.

“O Brasil está em processo de reequilíbrio da política econômica em um ambiente adverso. Mas muito já foi feito. Um ano atrás o ministro (Joaquim Levy) colocou como prioridades a reforma do seguro-desemprego, do seguro por morte e dos subsídios fiscais e financeiros como o crédito PSI e a energia”, disse Barbosa, ao citar que esses problemas foram encaminhados e o governo tomou medidas para corrigir essas distorções. “Então, se avançou na direção correta.”

Agora, o esforço está em “completar o ajuste fiscal e avançar para um reforma fiscal”. “Esse é maior desafio neste momento e tenho certeza que as lideranças políticas entendem”, disse

Lula
O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, reconheceu a importância das opiniões do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar disso, o ministro optou pelo discurso de que a equipe econômica já tem agido com a adoção de medidas para estabilização da economia.

“São opiniões de uma liderança importante do Brasil que nós também ouvimos”, disse Barbosa em entrevista coletiva após o primeiro dia de participação no Fórum Econômico Mundial em Davos Apesar de reconhecer a importância de Lula, Barbosa preferiu centrar o discurso em medidas já adotadas. “Brasil tem tomado medidas macroeconômicas de estabilização e retomada de crescimento”, disse em seguida. Barbosa deu como exemplo as ações para estabelecer as condições do mercado de crédito na economia “sem requerer custo fiscal por porte do governo”.

Mais cedo, Lula concedeu entrevista e defendeu medidas para que o governo supere a crise econômica. O ex-presidente deu como exemplo o incentivo ao crédito para o consumo e obras de infraestrutura, entre outras medidas.

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