Baleia Rossi: “Quero presidir uma Câmara que não se vende por 30 moedas”
O parlamentar afirmou tranquilidade quanto à vitória na eleição da Casa e ironizou declaração sobre influência de Bolsonaro no pleito
atualizado
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O deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP), candidato à presidência da Câmara dos Deputados, se disse tranquilo quanto à vitória na eleição da Mesa Diretora e ironizou a declaração do presidente Jair Bolsonaro sobre influenciar no pleito interno da Casa.
“Quero presidir uma Câmara dos Deputados que não se vende por 30 moedas. Tenho convicção de que vamos ganhar a eleição e vamos trabalhar por uma agenda do país: primeiro, uma agenda de superação da pandemia e de recuperação da economia, para que a gente possa gerar emprego e renda”, afirmou Rossi a jornalistas.
Bolsonaro recebeu, na quarta-feira (27/1), deputados do PSL para um café da manhã e, na saída, afirmou que vai “influir na eleição da Câmara”. Aliados de Baleia Rossi vêm criticando o uso de cargos na estrutura do Executivo e emendas para obtenção de apoio a candidatura de Arthur Lira (PP-AL).
Aliado de Rossi, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou a postura de Bolsonaro, dizendo que ele quer transformar o Parlamento no “anexo” do Palácio do Planalto. Pontuou ainda que essas atitudes terão “sequelas”.
CPI da pandemia
Baleia ponderou que, se a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as possíveis omissões do governo na condução da pandemia da Covid-19 preencher os pré-requisitos, ela poderá ser aberta.
“Umas das atribuições da Câmara é fiscalizar o Executivo. Temos atribuição de legislar, representar as bases, mas também fiscalizar. Para ter instalação, são necessárias 171 assinaturas e um fato concreto. Se esses pré-requisito estiverem preenchidos, não tem por que não abrir um CPI”, disse.
Nas últimas semanas, vem crescendo a pressão sobre o governo por causa da pandemia e das indefinições acerca da vacinação. Parlamentares estão colhendo assinaturas para a instalação da CPI para apurar as omissões, e a população voltou a protestar contra o presidente Jair Bolsonaro. Lira resiste à instalação.