Baleia Rossi defende suspender recesso, e Arthur Lira diz que é “demagogia”
Os dois principais candidatos à presidência da Câmara trocaram farpas sobre sessão extraordinária do Congresso
atualizado
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O deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP) defendeu, nesta sexta-feira (8/1), nas redes sociais, a convocação extraordinária do Congresso Nacional para aprovar medidas urgentes de enfrentamento à Covid-19. O principal adversário, deputado Arthur Lira (PP-AL), respondeu, na mesma rede, que era “demagogia e irresponsabilidade” fazer isso.
Apoiado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Rossi voltou a defender a ideia de suspender o recesso parlamentar, proposta já levantada diversas vezes por Maia.
“Conversei com os líderes da Câmara e com o presidente Rodrigo Maia para que façamos uma convocação do Congresso para aprovar medidas urgentes de enfrentamento ao coronavírus. Já há um requerimento colhendo assinaturas para isso. Estamos prontos pro trabalho!”, disse o emedebista.
Conversei com os líderes da Câmara e com o presidente @RodrigoMaia para que façamos uma convocação do Congresso para aprovar medidas urgentes de enfrentamento ao coronavírus. Já há um requerimento colhendo assinaturas para isso. Estamos prontos pro trabalho!
— Baleia Rossi (@Baleia_Rossi) January 8, 2021
O requerimento em questão é do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que propõe o retorno das atividades para tratar da manutenção do estado de calamidade, do retorno do auxílio emergencial e da vacinação contra a Covid-19.
Lira, que é apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), rechaçou a possibilidade e acusou o adversário de ser demagogo. “Dizer que tem que ter convocação no recesso para aprovar projetos sem orçamento é demagogia e irresponsabilidade, e nós não vamos aceitar”, retrucou.
Dizer que tem que ter convocação no recesso para aprovar projetos sem orçamento é demagogia e irresponsabilidade e nós não vamos aceitar.
— Arthur Lira (@ArthurLira_) January 8, 2021
O governo não tem interesse de convocar sessão extraordinária. Na leitura de aliados do candidato do PP, retornar às atividades a poucos dias da eleição da Mesa Diretora – que ocorre no próximo dia 1° de fevereiro – daria palanque para o grupo de Maia.
Mais cedo, Lira já havia alfinetado Maia, dizendo que “a Câmara dos Deputados não tem dono, e a pauta do Brasil não pode ser feita por um homem só”. O deputado aliado de Bolsonaro afirmou que a prioridade da sua gestão será a aprovação da PEC Emergencial, depois as reformas administrativa e tributária – as mesmas defendidas pelo atual presidente da Casa.