metropoles.com

Aziz sobre negociações da Covaxin: “Denúncia mais grave da CPI até agora”

Investigações apontam irregularidades cometidas pelo governo federal na aquisição dos imunizantes produzidos pela Precisa Medicamentos

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Igo Estrela/Metrópoles
Omar Aziz_CPI da Covid
1 de 1 Omar Aziz_CPI da Covid - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), classificou como “muito graves” as denúncias de possíveis irregularidades no contrato para a entrega de 20 milhões de doses da Covaxin. Nas palavras do senador, essa talvez seja “a denúncia mais grave” que a comissão recebeu até o momento.

Apurações da Procuradoria da República no Distrito Federal apontam “temeridade do risco assumido pelo Ministério da Saúde” na contratação para a compra da vacina indiana Covaxin. Em documento, a procuradora Luciana Loureiro defende a abertura uma investigação criminal sobre o contrato do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) com a empresa Precisa Medicamentos, produtora nacional do fármaco.

A análise é que o governo federal adquiriu doses do imunizante por valores superfaturados. O contrato em questão foi orçado em R$ 1,6 bilhão; cada unidade da vacina foi negociada por US$ 15, preço superior ao de outros fármacos vendidos no mercado internacional, a exemplo da fórmula comercializada pela Pfizer. Além disso, servidores do Ministério da Saúde relatam “pressões anormais” para a consolidação da compra.

Na avaliação do presidente da CPI, o colegiado está diante de “acusações gravíssimas”. “Se tudo aquilo que está se falando for verdade, ou parte for verdade, são gravíssimas as acusações. É grave, isso é muito grave. Muito estranho isso, temos que ter muito cuidado. Talvez tenha sido a denúncia mais grave que a CPI recebeu”, disse Aziz.

“Há demora para umas [empresas que comercializam vacinas] e não há para outras? A diferença no tratamento é muito grande. É como ter três filhos – você não pode privilegiar um, em detrimento do outro”, prosseguiu.

O senador disse ter sido procurado, na terça-feira (22/6), pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), que teria informações sobre o caso. O irmão do parlamentar, Luis Ricardo Fernandes Miranda, é chefe da divisão de importação do Ministério da Saúde e trata das negociações da pasta junto às farmacêuticas.

Luis Miranda e o irmão foram convidados nesta quarta-feira (23/6) a prestarem depoimento à comissão. O encontro da dupla com os senadores está marcado para sexta-feira (25/6), às 14h.

“Vamos aos fatos verdadeiros, ele [Luis Miranda] procurou a CPI e disse que o irmão foi pressionado [a comprar as vacinas da Covaxin], e que já tinham comunicado isso ao presidente da República. Ele veio, conversou com integrantes da CPI e afirmou que viria junto do irmão. Ele pediu para ser convidado”, explicou.

Diante das denúncias trazidas por Miranda, o presidente da CPI solicitou ao delegado da Polícia Federal cedido ao colegiado para que auxilie nas apurações. “Acabei de pedir para que o delegado da PF identifique se houve um inquérito para investigar essa questão da Covaxin”, enfatizou.

 

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?