Aziz sobre Bolsonaro pedir desculpas por Barros: “Só não chame Temer”
Presidente da CPI da Covid-19 ironizou as diversas situações supostamente irregulares em que líder do governo na Câmara estaria envolvido
atualizado
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Em meio ao depoimento do advogado Marcos Tolentino, o presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz (PSD-AM), ironizou, nesta terça-feira (14/9), as diversas situações supostamente irregulares em que o deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, estaria envolvido.
“Só espero que o presidente Bolsonaro não chame o [ex-presidente Michel] Temer para fazer uma nota de desculpas por causa do Ricardo Barros. Vai acabar fazendo”, ironizou Aziz, em alusão à “declaração à nação” divulgada por Bolsonaro, com ajuda de Temer, buscando pacificação entre os poderes e fazendo mea culpa.
Antes, o parlamentar brincou e pediu que evitasse mencionar o nome do líder do governo na CPI, visto que ele seria “onipresente” nos supostos esquemas ilícitos e “intocável pelo presidente Jair Bolsonaro e por apoiadores”.
“Mesmo que a gente desnude [Barros], isso não vai mudar nada. Vai continuar lá [na liderança do governo]. Talvez o presidente [Jair Bolsonaro] escreva uma nota um dia por ter mantido até hoje ele como líder”, afirmou o parlamentar.
O vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), entrou na brincadeira. “Nota de desculpas tem sido vício, né? Tem sido reiterado”, acrescentou.
“Espero que o presidente Bolsonaro não chame o Temer para escrever uma nota de desculpas”, ironiza @OmarAzizSenador.
Nome de Ricardo Barros, líder do governo na Câmara, voltou a ser tema da #CPIdaCovid pic.twitter.com/FFsYzREpOx
— Metrópoles (@Metropoles) September 14, 2021
Tolentino é amigo do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros. O advogado entrou no radar da comissão após ser apontado como suposto sócio oculto da Fib Bank.
Apesar de não ser banco, a empresa forneceu R$ 80,7 milhões como garantia no contrato da Precisa Medicamentos com o Ministério da Saúde nas negociações da vacina indiana Covaxin.
Esta é a segunda vez que o colegiado tenta ouvi-lo. Na primeira ocasião, em 1° de setembro, a defesa dele apresentou um atestado médico alegando que o advogado não poderia depor em razão de problemas de saúde, pelos quais chegou a ficar internado no hospital Sírio Libanês, em São Paulo.