metropoles.com

Aziz rebate Lira: “Liberdade de expressão não é libertinagem”

A cúpula da CPI da Covid-19 também desistiu do plano inicial de entregar o relatório pessoalmente ao presidente da Câmara

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Marcelo Montanini/Metrópoles
CPI_TCU
1 de 1 CPI_TCU - Foto: Marcelo Montanini/Metrópoles

O presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz (PSD-AM), rebateu, nesta quinta-feira (28/10), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que criticou o colegiado por ter pedido o indiciamento de deputados. O parlamentar afirmou que “liberdade de expressão não é libertinagem de expressão”.

A declaração soou também como uma resposta ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que condenou os “excessos” da comissão.

Aziz disse que Lira o ligou e citou liberdade de expressão e lei aprovada sobre fake news como argumento para evitar indiciamento de deputados. O presidente da comissão disse que levaria o caso para o colegiado, mas defendeu que não faria sentido indiciar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e não acusar deputados que adotaram a mesma postura.

“O parlamentar que tem responsabilidade e coloca fake news dizendo que cloroquina salva, que imunização de rebanho é boa, induziu a morte dos brasileiros. Uma coisa é liberdade de expressão, outra coisa é induzir a morte de brasileiros. A responsabilidade de um parlamentar é uma referência, tem que ter a responsabilidade com o que está falando. Tem que ser tomadas providências. Liberdade de expressão não é libertinagem de expressão, não é ser irresponsável”, declarou Aziz, após reunião no Tribunal de Contas da União (TCU).

A cúpula da comissão também desistiu do plano inicial de entregar o relatório pessoalmente ao presidente da Câmara. “A CPI apontou e nós encontramos crimes de responsabilidade. Não cabe à CPI pedir impeachment. Nós não podemos fazer, mas a sociedade civil sim”, disse Randolfe.

Ao final da sessão plenária dessa quarta-feira (27/10), Pacheco repetiu o que considerou um “excesso” a inclusão do senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), que depois acabou retirado do relatório. O presidente do Senado disse entender que há uma garantia de “inviolabilidade” para parlamentares que garante liberdade para expressar opiniões e votos.

O relator Renan Calheiros (MDB-AL) declarou que Heinze “nunca foi investigado” e entrou na última sessão por sugestão de um parlamentar, que também pediu a retirada dele ao final.

Senadores entregaram, nesta quinta-feira, o documento com 80 pedidos de indiciamentos à presidente do TCU, ministra Ana Arraes, e ao vice-presidente da Corte, ministro Bruno Dantas. Aprovado na última terça-feira (26/10), o relatório pede indiciamento de 78 pessoas – entre elas, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e os filhos Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro – e duas empresas.

Ao final, Aziz e Renan Calheiros destacaram que a conversa no TCU versou sobre a VTCLog, a Precisa Medicamentos, a Conitec e os hospitais federais do Rio de Janeiro.

Os senadores devem se reunir, ainda nesta quinta-feira, com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, para entregar o relatório final da CPI. A procuradora-chefe Anna Paula Coutinho de Barcelos Moreira, da Procuradoria da República do Distrito Federal, também receberá o documento para tomar as devidas providências.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?