Aziz diz que teria “gosto em dar voz de prisão” a Carlos Wizard
Empresário bolsonarista desdenhou de mortes pela Covid-19 e ficou em silêncio durante depoimento à CPI
atualizado
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O presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou, nesta sexta-feira (16/7), que teria tido gosto de dar ordem de prisão ao empresário bolsonarista Carlos Wizard, que ficou em silêncio durante depoimento à comissão.
“Aquele imbecil, bandido, mal caráter daquele empresário chamado Carlos Wizard, que a gente não pode tomar o depoimento correto por causa de uma liminar. Não quis dizer nem a religião”, declarou Aziz à GloboNews.
“[Wizard] disse que morreram cinco pessoas porque ficaram em casa. Aquele, sim, eu teria gosto de dar ordem de prisão a ele”, acrescentou.
Em entrevista à jornalista Leda Nagle em agosto do ano passado, Wizard desdenhou das até então cinco mortes causadas pelo coronavírus no início da pandemia. No vídeo, o empresário disse que os óbitos foram porque as pessoas ficaram em casa para se prevenir do contágio do vírus.
Após tentar evitar prestar depoimento, Wizard chegou à CPI, no último dia 30 de junho, amparado por um habeas corpus que lhe concedia o direito de ficar em silêncio em questões que poderiam autoincriminá-lo. Ele se recusou a responder todas as perguntas.
Contudo, na última terça-feira (13/7), após a diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, também usar a mesma estratégia com o habeas corpus, os senadores provocaram o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) para entender a extensão destes habeas corpus.
Fux disse que caberia à CPI da Covid definir sobre o limite do direito ao silêncio. Wizard, todavia, retornou aos Estados Unidos.